Muitas pessoas aceitam a fragilidade como um efeito natural do envelhecimento, mas um estudo realizado por pesquisadores da Universidade Johns Hopkins em Baltimore, Maryland, sugere que talvez não devessem. Descobriu-se que os idosos com maior probabilidade de se tornarem fisicamente fracos e vulneráveis eram aqueles que não tinham “autoeficácia”, um termo usado para descrever a confiança na capacidade de enfrentar os desafios da vida.
A equipe estudou mais de 4.800 participantes no Estudo Nacional de Tendências de Saúde e Envelhecimento dos EUA – US National Health and Aging Trends Study -, que começou em 2011 e monitora o bem-estar de pessoas com 65 anos ou mais que ainda vivem na comunidade, e não em hospitais ou asilos. Os pesquisadores avaliaram a autoeficácia das pessoas observando o quanto elas concordavam com a afirmação: “Quando realmente quero fazer algo, geralmente encontro uma maneira de fazê-lo”. Em seguida, eles rastrearam os níveis de fragilidade dos participantes ao longo do tempo, com base em critérios como a frequência com que se sentiam exaustos, se haviam perdido peso não intencional e se a velocidade de caminhada era baixa para a idade.
Quando as pessoas inicialmente pontuaram baixo em autoeficácia, o risco de se tornarem frágeis durante o estudo de sete anos foi cerca de 41% maior do que o de seus colegas mais confiantes. Este risco aumentado persistiu em participantes de diferentes idades, origens e níveis de educação. Os pesquisadores sugerem explorar medidas para aumentar a autoconfiança dos idosos, como ensinar rotinas de exercícios e os princípios da boa nutrição, para ver se eles ajudam a evitar a fragilidade e seus efeitos na saúde.
Fonte: J. Am. Geriatr. Soc. 69, 3507–3518 (2021)
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