“Superproteção” do idoso com demência? Ela existe! Entenda os riscos

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Como lidar com a “superproteção” que interfere diretamente na independência e autonomia do idoso?

O primeiro passo é entender que quanto mais o idoso, principalmente o idoso com demência, é inibido pelo familiar a realizar alguma atividade, (mesmo que com boas intenções com a ideia do cuidado e carinho), quem cuida pode fazer com que ele deixe de experienciar algo antes corriqueiro e de simples execução (às vezes, também por querer que o mesmo faça mais rápido ou mais “perfeito”).

E essa falta de realizar das atividades pode levar ele ao senso de incapacidade, a acomodação do não fazer ou até mesmo leva a “desaprender” como aquela atividade é feita, antecipando a real dependência.

Se você, familiar ou cuidador, quer que o idoso seja independente pelo máximo de tempo possível, a superproteção que você pode dar é a de não permitir que ninguém faça por ele, combinado?

São três princípios básicos do cuidado que você deve estar atento:

Acha que existe a dificuldade?
Supervisione
Percebeu a dificuldade?
Faça com ele
Ele consegue mais fazer com ajuda?
Faça por ele (mas sempre promovendo a participação, mesmo que seja apenas a contextualização, ou seja, explicar o que está sendo feito).

Um exemplo prático é a Atividade de Vida diária (AVD) banho.
Muitos familiares antecipam a dependência na atividade, o que é um dos maiores erros… por ser a atividade mais complexa e que consequentemente ativa mais a cognição global.

Se você acha que o banho não vem sendo “o melhor banho” considere a supervisão durante os banhos do dia e o suporte em apenas um dos banhos. Deixe-o tomar o banho do jeito que ele entende que é o melhor para ele e só depois “interfira” para higienizar locais menos acessados e finalizar a higiene.

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