Estudo publicado na Frontiers Psichology mostrou relações entre a capacidade auditiva e o processo de aprender a ler em crianças. A pesquisa mostrou que existe relação entre a capacidade das crianças aprenderem a ler com sua competência auditiva. Este avanço pode ajudar a corrigir o risco de dislexia precoce e ajudar a desenvolver programas de treinamento para aliviar as limitações de leitura com antecedência.
A pesquisa teve uma amostra de 40 crianças do segundo e quinto ano de ensino fundamental. Para demonstrar a relação entre a capacidade de aprender a ler e as habilidades auditivas, as crianças foram expostas a uma pseudoword (uma palavra inventada e sem sentido) que eles tiveram que repetir verbalmente depois de serem perguntadas por eles.
O teste experimental determinou que esta palavra foi melhor compreendida quando foi precedida por frases elaboradas apenas com informações prosódicas, ou seja, aquelas em que a única informação era ritmos e entonações e que não incluía nenhum fonema.
As crianças que obtiveram a pior pontuação no teste de leitura foram as que receberam a maior ajuda da sentença com informações prosódicas para entender e repetir a pseudoword com sucesso. Nesse sentido, as crianças que não processam perfeitamente ondas de baixa frequência (tons, acentos e entonações de linguagem) têm maior dificuldade em decodificar corretamente os fonemas e as palavras, o que está diretamente relacionada à habilidade de leitura e possíveis distúrbios.
De acordo com os autores, o ritmo oferece ao cérebro as chaves necessárias para focar a atenção auditiva nos momentos em que a informação relevante para a percepção da fala aparece.