A avaliação e o tratamento de um paciente com COVID-19 começam com a identificação do estágio da doença e o uso de ferramentas para garantir que o tratamento seja centrado no cliente e fundamentado nas melhores práticas.
A Terapia Ocupacional pode ajudar o paciente e seus familiares com práticas nas variadas fases da doença. A Associação Americana de Terapia Ocupacional (AOTA) refere que diante dos sintomas de COVID que caracterizam a doença em sua apresentação leve (tosse, fadiga, respiração curta, medo e ansiedade) o profissional de T.O pode intervir antes da hospitalização.
(Aqui cabe lembrar que os sintomas respiratórios que envolvem a COVID-19 precisam ser monitorados com bastante atenção. Nada lido na internet substitui avaliação médica. Em todo o processo da doença é necessário acompanhamento médico que definirá a permanência ou não do doente em casa).
Integrando avaliação e intervenção no tratamento agudo, o terapeuta ocupacional pode intervir nos seguintes eixos:
- Prevenir quedas e reduzir o risco de lesões por quedas
- Fornecer informações sobre conservação de energia e simplificação das atividades
- Discutir considerações sobre saúde mental e gerenciamento de estresse
- Reduzir o risco de readmissão hospitalar (explicamos mais abaixo)
- Fornecer informações sobre controle de infecção para manter seguro outras pessoas que estão em casa. Informando como devem ser realizadas as atividades diárias e ajudando no planejamento para esse desempenho.
- Abordar a privação ocupacional
- Educar sobre o sistema pulmonar e como ele afeta a qualidade de vida
- Avaliar padrões de desempenho (por exemplo, rotinas e hábitos) relacionados a como o COVID-19 se espalha.
- Colaborar com os cuidadores lida com o paciente para fornecer educação e ferramentas relacionadas a AVDs (por exemplo, lavagem das mãos)
e AIVDs (por exemplo, prestação de cuidados, gerenciamento de medicamentos)
Para reduzir o risco de readmissão ou interação hospitalar o terapeuta ocupacional pode, dentre outras questões:
- Fornecer recomendações e treinamento para cuidadores.
- Determinar se os pacientes estão seguros para permanecerem de forma independente ou se necessitam de cuidados específicos, como os de enfermagem.
- Considerar as deficiências existentes com indicação de dispositivos auxiliares para que os pacientes possam realizar atividades da vida diária com segurança (por exemplo, usar o banheiro, tomar banho, vestir-se, fazer uma refeição)
- Realizar avaliações de segurança em casa para sugerir modificações.
- Avaliar a cognição e a capacidade de manipular objetos como medicamentos e fornecer treinamento quando necessário.
Estamos em um momento extremamente importante no que diz respeito às atividades cotidianas, o terapeuta ocupacional pode ajudar muito no processo de cuidado que envolve as famílias, os doentes e o desempenho seguro e eficaz que garante o controle da infecção e o cuidado necessário em todas os níveis de gravidade da doença.