Condições não só física e de materiais, mas até emocional. Quantas vezes em contexto de terapias a gente percebe que o cuidador não está “dando conta”? E entender o que está acontecendo é dever de quem está envolvido nesse processo, ou seja, esse pode ser você.⠀

Entender as condições (de todas as ordens) que cercam o processo de cuidado do paciente e da família faz parte de todo dia, além do processo inicial, que tecnicamente chamamos de avaliação.


É muito complexo, mas é necessário buscar continuamente entender a dinâmica que envolve esse processo. O terapeuta aprende (ou deveria aprender) que a gente só pede aquilo que o outro tem condições naquele momento.⠀

As condições materiais são mais concretas e fáceis perceber. Você pede para a criança brincar em casa ou pede ao idoso para toda manhã ler um jornal. Esses pacientes têm em casa recursos para isso? Eles têm esses objetos? Mas e o que não é concreto, por exemplo: as pessoas que vão cuidar em casa sabem como fazer isso de “brincar” ou de “ajudar a ler o jornal” da forma adequada? Pode até parecer que sim, mas precisamos ter certeza. Precisamos estar atentos.

Certeza, inclusive do momento emocional. Porque o cuidador pode até tempo, mas isso não quer dizer tem condições. Cuidar exaure, cuidar tira da gente o foco do “regar a nossa plantinha, para regar a do outro”. Dar condições do outro cuidar pode ser até pedir que ele não cuide, não faça pelo outro e vá fazer por ele, para quem sabe em outro momento ele cuidar melhor.⠀

Quem cuida precisa também de informação sobre como cuidar melhor. O recurso da informação, da clareza das palavras. Será que está sendo dado condições para que esse cuidador entenda o que precisa ser feito e o motivo desse cuidado.⠀

Cuidar é algo muito delicado, cuidar exige uma sensibilidade que muitas vezes, no corre corre da vida, precisa ser lembrada.

Quem lida com quem cuida, e isso inclui até clínicas que têm terapeutas contratados para cuidar, precisa estar atento sempre.

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