Terapia Ocupacional na Agricultura!

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O que faz um terapeuta ocupacional? Esta é ainda uma pergunta frequente aqui no Brasil, infelizmente. Mas temos muito o que comemorar no que diz respeito as possibilidades que surgem quando os terapeutas ocupacionais se apropriam de seu conhecimento sobre as ocupações e conseguem intervir em cenários até mesmo “curiosos”.

Este é o caso da terapeuta ocupacional Aileen Ryan que acabou sua graduação estudando e mostrando com excelência que sua profissão tem valor e pode ajudar até no contexto da indústria agropecuária. Se voltarmos para os diversos ambientes que a T.O pode intervir a fim de melhorar/manter o desempenho das ocupações, um deles é o ambiente de trabalho. E, neste caminho, sabemos que a agropecuária é o ambiente de trabalho de muita gente, e que como qualquer trabalho, tem suas peculiaridades e precisa ser analisado.

O interesse de Ailen nasceu por viver em sua família essa realidade; e, assim, uniu o interesse em saúde mental e bem-estar com o trabalho na agropecuária. Ela explica que para quem se interessa por esse ambiente de intervenção pode trabalhar com o equilíbrio ocupacional para ter uma vida saudável e plena; pode introduzir equipamentos ou adaptar o ambiente para que as pessoas possam realizar suas tarefas cotidianas. Ou seja, demonstrando que a raiz de muito o que fazemos pode ser aplicada em variados contextos. Ela, em especial, trabalha abordando mais a prevenção através de hábitos e medidas que podem ser realizadas pelos próprios fazendeiros. Segundo ela, muitas vezes “identificamos o problema tarde demais”, por isso é importante o olhar e a ação direcionada à saúde pública.

A T.O pode promover e proteger a saúde e o bem-estar através da prevenção de doenças e aumento da produtividade/participação na comunidade. “A saúde é o resultado principal do sucesso”. Os fatores principais para os agricultores permanecerem bem é o aumento do equilíbrio ocupacional (lazer – autocuidado – trabalho) e o engajamento em ocupações com significado. No entanto, desengajar também é importante. Ou seja, ela traz em seu estudo uma perfeita colocação sobre a importância do desengajamento das atividades estressantes relacionadas ao trabalho para o bem-estar. Inclusive, ressalta a dificuldade que a Pandemia trouxe neste sentido, já que muitas atividades de lazer em comunidade estavam proibidas.

E, independente da Pandemia, sabemos o quanto pode ser desafiador o desengajamento, em especial em relação a atividade de trabalho. Esse é um trabalho de prevenção da saúde física e mental muito importante e que precisa de intervenção e cuidado para educar e intervir nesse sentido.

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