O que faz um terapeuta ocupacional na Atenção Primária no Brasil?

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Estudo Publicado na Revista Interinstitucional Brasileira de Terapia Ocupacional – REVISBRATO procurou identificar as principais ações do terapeuta ocupacional na Atenção Primária à Saúde (APS), especialmente no que diz respeito à saúde do idoso. No artigo somos “lembrados” que as ações desenvolvidas na Atenção Primária à Saúde contemplam ações no âmbito individual e no coletivo (micropolíticas), e na perspectiva da macropolítica, por envolver aspectos de gestão e política, favorecendo a integralidade do cuidado e a articulação da rede socioassistencial. 

No artigo é possível identificar as ações que fazem parte desse contexto geral, mas também as ações específicas que dizem respeito ao que é próprio do conhecimento técnico no T.O (vou trazer o texto na íntegra e destacar alguns pontos):

“[…] a intervenção do terapeuta ocupacional neste âmbito favorece a elaboração de ações voltadas às ocupações humanas e à manutenção da qualidade de vida dos idosos, a partir da análise e compreensão de seus interesses, hábitos, papéis, rotinas e rede de suporte (Reis et al., 2012; Alves & Paulin, 2015; Cardoso et al., 2019; Oliveira, 2018).

Ao compreender essas necessidades, há a ampliação do raciocínio clínico do profissional, o que contribui para o planejamento de atividades individuais e coletivas (Alves & Paulin, 2015), fortalecendo o vínculo entre os profissionais e comunidade, a participação social e qualidade de vida das pessoas idosas (Cabral & Bregalda, 2017).

O terapeuta ocupacional, na produção da linha de cuidado, contribui para a preservação da capacidade funcional e para o desempenho satisfatório das ocupações humanas, haja vista que as visitas domiciliares, as atividades grupais e individuais, que são realizadas nas ações com a população, propiciam espaços de participação social, educação, promoção da saúde e prevenção de doenças (Cabral & Bregalda, 2017; Oliveira, 2018; Reis et al., 2012).

Dessa forma, este profissional desenvolve atividades individuais tanto em unidades de saúde quanto em domicílio, buscando envolver o idoso e a família no processo de saúde, proporcionando intervenções mais precisas, conforme as necessidades, contextos, ambientes, interesses e ocupações (Cardoso et al., 2019; Reis et al., 2012; Alves & Paulin, 2015).

Além disso, utiliza as atividades grupais como ferramenta de promoção da participação social, fortalecendo os vínculos com os profissionais e comunidade, implicando positivamente na manutenção da saúde, de acordo com os objetivos propostos, por meio de práticas corporais e integrativas, ações educativas, oficinas terapêuticas e oficinas cooperativas (Reis et al., 2012; Alves & Paulin, 2015; Cardoso et al., 2019).

Já as visitas domiciliares são utilizadas como instrumento de identificação e avaliação do contexto familiar e favorecem a elaboração de um plano de intervenção pautado nas necessidades da pessoa idosa (Alves & Paulin, 2015; Cardoso et al., 2019), permitindo a garantia da produção da linha de cuidado a estes usuários.”

O artigo em questão, escrito por autores da Universidade da Amazônia, é um revisão integrativa da literatura que pós o levantamento dos dados, identificou-se 337 artigos. No entanto, somente 4 estudos integraram esta revisão.

Os resultados foram organizados em duas categorias:

(1) Principais ações desenvolvidas na Atenção Primária à Saúde para a produção da linha de cuidado ao idoso

(2) Atuação do terapeuta ocupacional na Atenção Primária à Saúde relacionada à saúde da pessoa idosa.

O baixo quantitativo de publicações referentes à temática chama atenção, no entanto já é um parâmetro valioso para termos em mente as possibilidades que intervenção. E, ficando também o convite à mais contribuições nesse sentido para ampliarmos o corpo de conhecimento e podermos – como terapeutas – ajudar mais e mais famílias. 

Se interessou pelo artigo, clica aqui e leia na íntegra! O acesso é aberto!

 

 

 

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