Por que algumas mulheres se recuperam de lesões cerebrais muito mais rápido e de forma mais completa que os homens?
Bem, essa pergunta direcionou e motivou a pesquisa do neurocientista Dr. Donald G. Stein e de seus colegas. E, a resposta pode ter profundas implicações para o tratamento de traumatismo crânio-encefálico, acidente vascular cerebral, dentre outras desordens neurológicas.
A equipe liderada pelo Dr. Donald G. Stein investigando esta questão, descobriram algo notável: que o hormônio progesterona confere profundos efeitos neuroprotetores que melhoram o prognóstico e reduzem a mortalidade após lesões cerebrais.
Durante a gravidez, a ascensão dos níveis de progesterona de uma mulher oferece neuroproteção poderosa para o feto pela repressão da excitação neuronal que poderiam danificar o tecido do cérebro do bebê em desenvolvimento.
O Dr. Stein e seus colegas descobriram após 25 anos de pesquisa que a progesterona pode ter um efeito semelhante sobre o tecido cerebral lesionado, e melhor ainda, pode ajudar a curar.
O benefício mais óbvio é a sua capacidade de reduzir o edema cerebral (inchaço do cérebro). No entanto, parece que a progesterona também ajuda nas lesões cerebrais por meio de um numerosos mecanismos diferentes.
No que diz respeito ao edema, as injeções de progesterona parecem ser eficazes na redução do volume e da incapacidade funcional resultante, mesmo que o tratamento seja adiado até 24 horas após a lesão.
Esta é uma boa notícia, considerando o fato de que as lesões cerebrais podem não receber tratamento até várias horas após o ocorrido, dependendo das circunstâncias.
Dr. Stein diz que “Existem hoje cerca de 100 trabalhos que mostram evidências da eficácia da progesterona, e eu acho que mesmo aquelas pessoas duvidosas estão começando a pensar que talvez seja melhor tentar.”
Interessante, não? Se quiser ler mais detalhes sobre a pesquisa clica aqui.
Ana Katharina Leite.