Ser idoso, não significa ser frágil, mas sabemos que algumas pessoas, como resultado de alterações fisiológicas e biológicas, associados à uma ou diversas doenças, precisam de suporte durante a execução de atividades cotidianas.

Trouxemos aqui algumas dicas que vão auxiliar na realização de algumas dessas atividades, que muitas vezes fazem parte da rotina de estimulação em casa ou do processo de reabilitação.

  • Diminua a quantidade de informações: Quanto mais informações, mais a atividade pode ser confusa. Isso é válido para qualquer momento. Em casa diminua as informações desde a hora da conversa até o número de objetos de um ambiente que você quer que o idoso funcione bem. Nas terapias, os profissionais devem priorizar mandar para casa, por exemplo, atividades separadas por dias/datas nos quais o idoso deverá realizar. Poucas perguntas, um papel com poucas informações e com um espaço grande e pautado para a resposta.
  • Seja direto: Nada de acrescentar informações inúteis em uma atividade ou questionamento, como por exemplo. Forma errada -> “O ano tem 12 meses, o meu aniversário é no mês de setembro, cite abaixo datas de aniversários de pessoas importantes para você”. Forma adaptada -> “Escreva o aniversário de 3 pessoas importantes.”,  a pergunta foi reduzida e direto ao objetivo do idoso recordar 3 datas específicas.
  • Adapte o conteúdo à escolaridade ou condição de saúde: Escolaridade nem sempre está relacionada ao nível de compreensão, mas é sempre importante buscar essa informação e levá-la em conta na hora de estimular e de planejar os atendimentos. Por exemplo, quando o idoso não sabe/não consegue ler, é interessante que se possa priorizar o uso de imagens ou atividades que possam depender apenas da evocação de lembranças, uso de fotografias, músicas e jogos.
  • Cuidado com as letras!! Quando a atividade envolve leitura e escrita, lembre-se de facilitar, pois o objetivo não será a leitura em si, mas o conteúdo da pergunta e sua resposta. Colocar as letras em “CAIXA ALTA” pode facilitar a leitura, principalmente se foram digitadas e impressas. Letras grandes irão facilitar no caso de idosos com baixa visual, enquanto as letras pequenas podem atrapalhar o desempenho e cansar rapidamente.Deixe um espaçamento maior entre as linhas do texto, pois facilmente uma linha irá “se enroscar” na outra e confundir, caso estejam muito juntas.
    Caso seja necessário, desenhe linhas para as respostas. Um espaço muito livre pode desorientar e disperçar o idoso na hora da escrita.
  • Canetas mais firmes e escuras: Um dos “efeitos da velhice” está relacionado à coordenação motora fina, e seu maior impacto, por vezes, é na escrita, por isso, pode-se utilizar um marcador de texto ou hidrocor de ponta macia que não necessite de força  ou de angulação exata para escrita (como as esferográficas), isso irá facilitar bastante o processo da escrita e marcação de respostas. Prefira as canetas hidrográficas!!
  • Cuidado com as temáticas: Não adianta colocar “Seu João” pra falar de futebol, se ele é fanático por F1, nem “Dona Maria” pra falar de comida quando seu forte é música. O interesse do idoso deve ser sempre explorado, pois quando as atividades são prazerosas, o ganho ou a manutenção da habilidade  é favorecido pelo envolvimento com a atividade.
  • Reforce os acertos: Mesmo que exista o erro durante o desempenho da atividade, conduza evitando frustrações e solicite a repetição com ajuda “O senhor fez a atividade, que bom! Vamos repetí-la agora comigo?

Estas são algumas dicas (não são todas possíveis!!) que podem ser utilizadas no cotidiano de estimulação e terapia. Você pode participar acrescentando, contando sua experiência ou dificuldades na condução do trabalho com o idoso.

Designed by Freepik

DEIXE UMA RESPOSTA

Please enter your comment!
Please enter your name here

Esse site utiliza o Akismet para reduzir spam. Aprenda como seus dados de comentários são processados.