Estudo publicado na Revista de Neurologia indica que o congelamento de marcha (CM) na Doença de Parkinson pode ter relação com a capacidade cognitiva.
De forma mais específica, o artigo sugere que o CM está diretamente ligado com as funções executivas, que envolve desde o planejamento motor de uma ação até a sua execução. O CM é um fenômeno intrigante, complexo e ameaçador na doença de Parkinson, já que compromete a mobilidade e consequentemente a independência.
Como resultado do estudo, os pequisadores identificaram que os pacientes com CM obtiveram um pior resultado nos testes cognitivos em comparação àqueles sem o CM, indicando diferenças significativas no estado cognitivo entre os dois grupos.
Indivíduos com desempenho pior em testes específicos cognitivos, indicaram maior comprometimento das funções executivas e memória imediata.
Os avaliados que apresentaram piores resultados em função executiva e testes cognitivos globais, apresentaram também dificuldades motoras, como o congelamento da marcha, o que sugere que a função executiva é um preditor significativo do condição.
O estudo concluiu o CM não é um fenômeno puramente motor e que pode estar associado à disfunção cognitiva global e executiva.
Dado que as funções cognitivas podem ser melhoradas com o treinamento cognitivo, este estudo pode ter implicações clínicas importantes para o desenvolvimento de futuras intervenções não farmacológicas e várias estratégias de reabilitação cognitiva focadas na melhora dos sintomas de CM em pacientes com DP.
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