A participação em atividade religiosa é benéfica para saúde dos idosos

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Adultos mais velhos que se envolvem em várias atividades religiosas, incluindo participação em serviços religiosos, religiosidade auto-relatada e oração particular, podem experimentar resultados positivos de saúde. Evidências de 14 artigos apoiaram uma relação entre atividade religiosa e saúde no artigo Systematic Review of Occupational Engagement and Health Outcomes Among Community-Dwelling Older Adults (2012).

A revisão sistemática em questão mostrou que embora frequentar serviços religiosos pareça ter o impacto mais forte na redução da mortalidade e no apoio na saúde mental, apenas a identificação com um grupo religioso também pode trazer benefícios. Os benefícios gerais para a saúde incluiram:

  • Menores taxas de mortalidade
  • Melhor saúde mental
  • Menos problemas funcionais

Os pesquisadores encontraram taxas de mortalidade reduzidas para idosos que participam de atividades religiosas,  entretanto, algumas ressalvas estão associadas a esse tipo de participação. Clark, Friedman e Martin (1999), por exemplo, encontraram taxas de mortalidade mais baixas apenas entre as mulheres. Em um estudo que distinguiu a frequência física de ouvir a mídia religiosa, os autores determinaram que apenas aqueles que frequentavam regularmente atividades religiosas experimentaram taxas de mortalidade mais baixas, não aqueles que ouviam a “mídia religiosa”.

Em contraste, Helm, Hays, Flint, Koenig e Blazer (2000) descobriram que a participação em atividades religiosas privadas era suficiente para reduzir o risco de mortalidade entre os idosos. Além da diminuição das taxas de mortalidade, o envolvimento em atividades religiosas pode produzir melhores resultados de saúde mental específicos para a diminuição dos sintomas depressivos, melhores resultados de AVD e AIVD, saúde mental geral e conexão social.

Keyes e Reitzes (2007) descobriram que a participação religiosa predisse aumento da autoestima e diminuição dos sintomas depressivos, mas a identidade religiosa, em vez da assiduidade religiosa, gerou os resultados positivos de saúde. Nenhuma evidência mostrou que a atividade religiosa (oração e frequência religiosa) seja preditiva de declínio cognitivo mais lento (Ghisletta et al., 2006).

Esse estudo, apesar de 2012, tem um desenho metodológico interessante para aqueles terapeutas ocupacionais que veem na espiritualidade uma seara potencial para empoderamento e nutrição da saúde do idoso. Nesse sentido, além do artigo, cujo link de referência você encontra abaixo, temos uma dica de livro recente que pode ser muito útil: Tratado de Espiritualidade e Saúde.

 

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