Como decorar a casa ou a Clínica para pessoas com demência?

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Pinturas, quadros, adesivos e até móveis antigos podem remeter ao idoso a vivência de décadas anteriores, evocando lembranças e principalmente promovendo uma sensação de conforto e bem-estar.

Idosos com demência fazem uso de estímulos externos para sua regulação emocional e adaptação a novos ambientes. Muitos idosos (ao mudar-se para uma nova casa) costumam demorar a se adaptar em novos ambientes, ou podem até mesmo não reconhecer o lugar como um lar, já que é diferente a casa que tem na sua memória.

Ambientes especializados no cuidado de pessoas com demência precisam usar de estímulos visuais, sonoros e de outros canais sensoriais para estimular a memória e dar um toque familiar para as pessoas com doença de Alzheimer e outras formas de demência, que hoje representa um segmento significativo e crescente na população.

Ou seja, não é apenas uma questão de design, ter referências antigas pode ser considerada uma característica funcional que torna o ambiente confortável, evoca memórias e incentiva os idosos a falarem sobre suas vivências e experiências.

Especialistas afirmam que a memória das pessoas com demência pode ser desencadeada por meio dos canais sensoriais, ou seja, investir nesses estímulos ambientais pode ser uma boa proposta para dar significado o público idoso.

Pesquisadores dinamarqueses descobriram que pacientes com demência colocados em um ambiente que lhes remetia à juventude foram capazes de evocar mais memórias autobiográficas (sobre vivências pessoais) que outras formas de estímulo.

Embora essa forma de evocar reminiscências não funcione para todos e não reverta a doença de Alzheimer, a adequação ambiental pode melhorar o humor e reduzir a agitação e a perambulação, segundo Ruth Drew, diretora de serviços da família na Associação de Alzheimer.

Estímulos sensoriais são realmente o segredo para fornecer o que chamamos de cuidados de conforto“, disse Marguerite McLaughlin, da Associação Americana de Saúde.

Olga Deacon, (em seus 90 anos), residiu na Easton Home (Filadélfia) e é um dos casos de pessoas com demência que viveram em ambiente modificado e que além de tudo se beneficia desse tipo de estimulação.

Cuidadores contam que muitas vezes ela se senta na cozinha, onde existe uma tábua de engomar antiga e explica rindo como ela costumava ajudar a mãe com a engomar. “Ela sempre me dizia, ‘Isso tem que ser em linha reta, que tem de estar em linha reta.’ Você tinha que fazer os vincos em linha reta “. Segundo a neta Olga, o ambiente desencadeia na avó um estímulo que motiva a conversa que muitas vezes é difícil de se iniciar.

Nos corredores da Easton Home ainda é possível ver paredes “de memórias” com imagens dedicadas a temas como viagem, casamento, paternidade, carros, cães e outros temas que estimulam a conversa entre moradores, funcionários e membros da família. As imagens retratam ainda como era a vida há 60, 70 anos atrás.

Além das imagens, pequenos cartazes oferecem temáticas do tipo: “Como você aprendeu a dirigir?” estão presentes na parede. Na casa ainda é possível encontrar réplicas de calendários e um sistema touch-screen para envolver os idosos em uma ampla variedade de atividades de estimulação por meio comerciais vintages.

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Legal, não é mesmo? Para quem trabalha ou cuida de pessoas com demência realidades como esta podem estimular ações que busquem modificações no ambiente e um espaço mais rico de estímulos!

Via: medicalxpress.com

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