A Revista de Terapia Ocupacional da Universidade de São Paulo publicou um estudo que avalia a função motora de pessoas hemiparéticas por sequela de Acidente vascular encefálico (AVC) em fase crônica.
A amostra foi composta por oito indivíduos hemiparéticos, pós-AVC unilateral em fase crônica com idade média de 55 anos.
Uma das dificuldades mais importantes (relatadas em outros estudos) é a paresia/plegia do membro superior (MS) por impactar diretamente as funções motoras e limitar consideravelmente a independência funcional do paciente, sendo assim sugeridas terapias alternativas, dentre elas, a Terapia do Espelho (TE).
A TE, teve inicio há mais de uma década e inicialmente focou no tratamento da dor do segmento fantasma em indivíduos amputados, sendo posteriormente utilizada na recuperação motora e funcional do membro superior parético, dentre eles pacientes pós-AVC.
A estratégia utilizada no estudo consistiu na observação dos movimentos do MS não acometido (através do espelho) na tentativa de imitar os movimentos com o membro acometido de maneira ativa, sincronizando-os com o reflexo no espelho. Os movimentos realizados para repetição “se baseiam na execução de movimentos isolados (como extensão e pronação), e/ou na realização de tarefas funcionais (como empilhar blocos).”
O estudo contou com a avaliação de 8 pacientes entre 18 e 70 anos de idade, com 3 sessões semanais, com um total de 12 sessões para reavalição. Durante a reavaliação os pesquisadores relatam que houve uma melhora significativa da função motora do MS dos pacientes, principalmente em relação aos seus movimentos passivos, com e sem sinergia.
Acesse o artigo completo:
Silveira JCC, et al. Função motora melhora em pacientes pós-AVC submetidos à terapia espelho.Rev Ter Ocup Univ São Paulo. 2017 set./dez.;28(3):333-9
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