
Era uma vez uma história social que dizia, entre suas frases, que todas as crianças da sala de aula eram amigas. O menino com Autismo leu a história e em um momento posterior sofreu bullying na escola, mais precisamente dos colegas da sala de aula. Ops, essa história não segue um preceito básico de uma história social: ser segura.
Com o mundo de informação e materiais prontos que encontramos na internet, podemos esquecer algo também básico: saber o que estamos usando com nossos filhos, pais e pacientes.
Todo material que não recebe o devido cuidado na sua elaboração, corre o risco de não se tornar um recurso para desenvolvimento de seus objetivos. Claro que se o material não é utilizado de forma adequada, ele também corre esse risco. Mas eu queria me propor a consciência que precisamos saber o básico, ou perguntar a quem sabe, antes de utilizar um material com proposta de recurso.
As histórias sociais foram criadas por Carol Grey em 1991 pensando no Autismo e descrevem uma situação, habilidade ou conceito de acordo com critérios específicos. Uma história social pode ser um meio de auxiliar na compreensão que pode trazer mudanças no comportamento da pessoa com Autismo. A segurança do conteúdo com significado e elaborado a partir de critérios é um das questões que pouco se fala, mas que precisa ser conscientizada.
(Leia mais aqui sobre Histórias Social e saiba alguns detalhes que definem esse recurso!!)
Segundo a própria Carol Gray, as pessoas elaboram a história social mais pensando nas transformações de comportamento do que na compreensão da situação que a história descreve. E, é justamente a compreensão dia história que pode levar a mudanças no comportamento.
Tá vendo que elaborar recurso não é tão simples quanto parece?
Imagem: free pick