A resposta é: “Os dois” porém, cada um em seu – melhor – momento.
Quando se trata de escuta qualificada devemos “dar ouvidos” a quem quiser falar, porém deve-se saber ouvir e anotar TUDO para checar e conferir as informações. Saber ouvir aqui representa não fazer pré-julgamentos ou chegar a conclusões antecipadas, sejam conclusões clínicas ou sociais.
A situação da escuta é delicada, em especial, quando paciente e cuidador discordam entre si. Mas em um universo onde “pode não existir erro, mas perspectivas diferentes” é necessário ter respeito diante de discursos que não coincidem.
A dica aqui é ouvir um de cada vez, priorizando o bem estar do cliente e a relação entre os envolvidos, neste caso paciente e familiares/cuidadores. Quando os dois estão no mesmo ambiente e existem contradições, podem surgir conflitos, situações desconfortáveis, principalmente tratando-se de casos associados a confusão e dependência, podendo frustrar ou irritar o paciente.
Pode ser necessário e válido perguntar a ambos separadamente, observando a percepção de cada um quanto a situação vivenciada, isso pode aumentar as chances de resolutividade.
Busque analisar o comportamento e as expressões, pois eles irão sinalizar se algo está errado. Caso a situação tenha gravidade e gere situações maiores, avalie a possibilidade de procurar o profissional de Psicologia que te ajude a conduzir e a saber lidar com esses conflitos.