O que você precisa saber sobre a Terapia Ocupacional?

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Explicar, ajudar a compreender e divulgar nunca é demais, não é verdade? E isso é ainda mais válido quando estamos lidando com uma temática que pode ajudar tantas e tantas pessoas que podem se beneficiar ao conhecer essas novas possibilidades.

Nosso tema nesse post e no vídeo que você encontra aqui é Terapia Ocupacional. A intenção não é esgotar o que pode ser explicado sobre a profissão, nem tão pouco garantir que tudo que será colocado é o essencial que precisa ser dito sobre o tema. Nosso objetivo é dizer algo válido sobre o tema e que pode ajudar na compreensão de quando um terapeuta ocupacional é bem vindo à situação, ao contexto e à pessoa (com e sem deficiência).

Vamos lá?

O que faz um terapeuta ocupacional? 

O nome da profissão, “terapia ocupacional” pode até sugerir para quem não conhece, que o papel desse profissional é ocupar quem está precisando preencher a rotina, masss na realidade o nome da profissão está relacionado às ocupações humanas, por isso o nome “ocupacional”.

Por exemplo, pense no que que você fez hoje desde que acordou. Vamos imaginar que seu dia começou assim: “tomou banho, tomou café e pegou o carro para ir levar seus filhos| netos| sobrinhos à escola e ir trabalhar”. Você fez isso usando suas habilidades, executou seus papéis (de mãe, pai, avô, tio trabalhador…) e conseguiu realizar com satisfação. Você foi eficaz na hora de usar suas habilidades motoras, cognitivas e sensoriais – que os terapeutas ocupacionais chamam de componentes do desempenho ocupacional – nos diferentes contextos, ambientes.

Imagine agora que existem pessoas que por condições de saúde (uma doença, um transtorno ou outras condições temporárias ou permamentes) têm o desempenho prejudicado ou impedido nessas atividades cotidianas, e é neste contexto que surge a importância do terapeuta ocupacional, pois existe uma dificuldade nas ocupações. Deu para entender a relação da “T.O”, como chamamos popularmente, com as atividades cotidianas, com as ocupações?

Pequenos exemplos práticos podem te ajudar a perceber a necessidade da T.O:

A criança que não brinca de acordo com o espado para a faixa etária”: aqui o desempenho na ocupação brincar está comprometido. Sim, essa criança e família precisam de um terapeuta ocupacional!

Um adolescente não desempenhas as ocupações porque é usuário de drogas”. Sim, mais uma vez essa pessoa e sua família podem se beneficiar de um terapeuta ocupacional!

Um adulto que teve um AVC e não consegue mais fazer coisas simples, como abotoar a camisa, e suas atividades de trabalho” Sim, mais uma vez um terapeuta ocupacional pode intervir!

O idoso saudável que passa o dia sem realizar atividades”, um terapeuta ocupacional pode ser diferencial nesse contexto.

Um adulto cego que precisa aprender estratégias para cozinhar com independência e segurança

“Um trabalhador que por conta de um acidente não consegue mais executar o trabalho que fazia antes na empresa”

Em todos esses casos cabe uma intervenção terapêutica ocupacional, mas estamos falando do mesmo terapeuta ocupacional? Não, existem especialidades! No nosso canal do Youtube (não conhece ainda? clica aqui!) tem entrevistas com terapeutas ocupacionais de diferentes especialidades. Vai lá!

É válido também falar que as avaliações, intervenções, recursos vão variar de acordo com os variados contextos e indivíduos que o profissional vai encontrar, certo?

Outras questões relacionadas à “T.O”…

Terapia Ocupacional é uma profissão de nível superior!! 

Quem faz Terapia Ocupacional passa anos e anos na faculdade. Assim sendo, se você encontrar qualquer proposta para se tornar profissional de Terapia Ocupacional fazendo uma especialização, não é assim que você obterá o título e terá qualificações para tal. Fique atento!!

Terapia Ocupacional é a mesma coisa que Fisioterapia? Existe “Fisioterapia Ocupacional”? 

Não, os fisioterapeutas são nossos colegas de profissão. É também uma graduação à parte, que tem suas especialidades e indicações. Ou seja, não existe uma fusão! NÃO EXISTE “Fisioterapia Ocupacional”; existe Terapia Ocupacional e Fisioterapia, ou se você preferir, “TO” “Fisio”.

Ajudei a entender? =)

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Sou terapeuta ocupacional de formação, comunicadora por dom e experiência ao longo dos 10 anos frente ao reab.me; empresária que aposta na produção de produtos e conteúdos significativos e com propósito para ajudar as pessoas que precisam dos cuidado da reabilitação. Editora-chefe do Reab.me. Terapeuta Ocupacional (UFPE) com especialização em Tecnologia Assistiva (UNICAP). Mestre em Design (UFPE). Sou autora de 4 livros de exercícios para estimulação cognitiva que servem como material de apoio em contextos terapêuticos que visam a manutenção ou melhora de disfunções cognitivas. Sendo eles: - 50 exercícios para estimulação cognitiva: o cotidiano em evidência; - 50 exercícios para estimulação cognitiva: a culinária em evidência; - 50 exercícios para estimulação cognitiva: a família em evidência; - 50 exercícios para estimulação cognitiva de crianças com dificuldades de aprendizagem. No mais, sou Ana, esposa de Fábio, mãe de Olga e Inácio. Praticante de meditação e yoga.

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