Grandes sites de tecnologia já falam do Google Glass, mas o que é esse dispositivo? Como funciona? E o mais importante: veja como ele pode ser usado no contexto de Reabilitação e na vida de pessoas com disfunção cognitiva, como as com doença de Alzheiemer.
O Google Glass é um acessório (óculos) que possibilita a interação dos usuários com diversos conteúdos em realidade aumentada. Também chamado de Project Glass, ele é capaz de captar imagens (fotos) a partir de comandos de voz, enviar mensagens instantâneas e realizar vídeoconferências. Já ficou surpreso? Pois é, resumindo: vista seu computador e saia usando ele enquanto interage com o mundo ao seu redor.
O Google Glass permite ao usuário documentar a vida a partir de uma perspectiva de primeira pessoa. A partir disso, surge uma grande potencialidade que o Google pode não ter previsto, mas que foi alertada por alguns especialistas no The Huffington Post: os óculos poderão ser usados como uma ferramenta para as pessoas com doença de Alzheimer. Leia-se também, qualquer pessoa com disfunção cognitiva que tenha atividades diárias prejudicadas. Segundo a fonte, o Google Glass tem muitas funcionalidades que podem ajudar pacientes com disfunção a viver seus contextos e tarefas no mundo real de uma forma mais segura, mais cheia de informação.
Imagine o seguinte cenário: um idoso com a doença de Alzheimer usando Google Glass sai de casa e esquece onde estava indo. Quem lida com Alzheimer sabe que isso é plenamente possível e extremamente comum. Sendo treinado para uso do Google Glass, o indivíduo pode utilizar de alta tecnologia e os próprios óculos (programados para isso) fornecem lembretes sobre o destino que o idoso deve seguir. Utilizando a integração do Google Maps, os óculos podem até mesmo dar-lhes instruções passo-a passo para o local.
Além de ser um recurso útil para o idoso, a família também pode se beneficiar. Quando combinado com o rastreamento por GPS , o Google Glass também pode ajudar os membros da família a encontrarem entes queridos que não estão em casa. Mesmo que a localização exata não possa ser determinada, os recursos de vídeo permitem que parentes acessem as imagens de onde o usuário do óculos esteve e utilizá-las como pistas sobre o seu paradeiro.
Falando sobre memória, o Google Glass poderá servir como um “sistema de suporte de memória” para os idosos que sofrem de demência, fornecendo informações sobre as pessoas com base no reconhecimento facial. O dispositivo pode ser programado com uma espécie de rede social pessoal, e quando um rosto é “reconhecido” pela tecnologia, o indivíduo usando os óculos receberá pistas sobre a identidade da outra pessoa. Informações básicas, como nome, relacionamento e interações anteriores poderiam ajudar pacientes com demência, oferecendo dicas sobre as pessoas ao seu redor, evitando o constrangimento sobre o declínio cognitivo, que sabemos que leva ao isolamento social. Claro que padrões de privacidade precisariam ser legalizados para esse fim, mas é uma possibilidade!
O aparelho está prometido para este ano e quem mora nos EUA deverá pagar de US$ 1,5 mil, o equivalente a R$ 3,6 mil, para ter o seu.
Vamos ver no que dá, né? Até lá ficamos especulando suas possibilidades de uso para a terapia.
Fonte: The Huffington Post