20 sinais que indicam quando o cuidador de Alzheimer precisa de ajuda

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Cuidar envolve desafios que não são fáceis de superar, especialmente quando pensamos que esse desafio é a longo prazo e por tempo indefinido. Os desafios não são somente físico, mas sobretudo emocionais. Por isso, muito se fala de “cuidar do cuidador”, mas cuidar como? eis a questão.  E cuidar quando? outra questão.

Esse post traz uma breve lista de sintomas que precisam ser considerados como alerta, e também uma sugestão que ajudará bastante, se for acatada: cuidar da cabeça, do psicológico, do emocional… Veja abaixo como e porque os cuidadores precisam de terapia.

Bem, comecemos falando quando os cuidadores de pessoas com Alzheimer podem se beneficiar da terapia:

Quando você se sentem sobrecarregados por seu estresse.

10 sinais podem indicar o estresse no cuidador, segundo a Associação Americana de Alzheimer:

  1. Negação
  2. Raiva
  3. Retraimento social
  4. Ansiedade
  5. Depressão
  6. Exaustão
  7. Insônia
  8. Irritabilidade
  9. A falta de concentração
  10. Problemas de saúde

– Quando você se sentem deprimidos

Alguns dos sinais da Depressão são os mesmos que do estresse, segundo a Associação Americana de Alzheimer. Veja mais 10 sinais que precisam ser considerados e cuidados:

  1. Tornar-se facilmente agitado ou frustrado
  2. Sentimentos de inutilidade ou culpa
  3. Sentimento de desesperança
  4. Pensamento de morte
  5. Distúrbios do sono
  6. Fadiga ou perda de energia
  7. Perda de interesse ou prazer nas atividades habituais
  8. Dificuldade de pensar ou concentrar-se
  9. Alterações no apetite ou peso
  10. Os sintomas físicos que não respondem ao tratamento, tais como dores de cabeça, distúrbios digestivos e dor.

Devido ao desafio da tarefa de cuidar de uma pessoa com Alzheimer, dificilmente você vai achar um cuidador que não tenha um ou mais desses sintomas. Então, como você saber se o cuidador pode se beneficiar de ajuda profissional?

Bem, sempre considere a interferência desses sintomas na vida diária, caso você note que o impacto é significante e outras estratégias não tem ajudado (grupos de apoio, terapia de grupo, pausa no cuidado, aconselhamento pastoral, envolvimento em atividades prazerosas, etc.) está na hora de procurar ajuda.

Só que nem sempre a ajuda é aceita de cara e existem algumas razões para as pessoa recusarem ir a um terapeuta. De acordo com algumas referências, as pessoas muitas vezes recusam-se a buscar ajuda profissional porque iria fazê-las sentirem-se culpadas, envergonhadas ou constrangidas. No entanto, é certo que “Ao decidir buscar ajuda, você fez uma escolha para se sentir melhor e para melhorar a sua vida.”

Como encontrar um terapeuta? Por indicação. Seu médico pode indicar um terapeuta que seja mais adequado (a depender a especialidade, da linha teórica que o terapeuta baseia sua prática). Às vezes, amigos e parentes também tem boas sugestões que podem ser avaliadas. O importante é que seja bem indicado e haja empatia. Visite mais de um e perceba quem se encaixa melhor. =)

E… Como o terapeuta pode ajudar os cuidadores? Aqui estão três formas que os terapeutas podem ajudar:

  • Ajudar a superar a negação e a reorganizar a forma de perceber e organizar a vida.
  • Ajudar no processo de tratamento da Depressão.
  • Ajudar  orientando e melhorando as técnicas de gerenciamento de estresse .

O terapeuta também vai ajudar a descobrir o que é mais recomendável em termos de tipo específico de tratamento. É importante sempre conversar sobre as expectativas em relação ao tratamento e discutir com o profissional se essas expectativas são realistas.

Claro que apenas um post não pretende esgotar o assunto, mas ao menos busca-se despertar a necessidade de um acompanhamento profissional sério e qualificado que (com certeza) fará diferença no bem-estar e na vida de quem cuida e de quem é cuidado. =)

Fonte: alzheimer’s reading room Imagem: Rosie O’Beirne

Veja também:

– Assista “Dona Cristina Perdeu a Memória”: um curta sobre Alzheimer e amizade

– Atividades para cuidador estimular a pessoa com Alzheimer

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Sou terapeuta ocupacional de formação, comunicadora por dom e experiência ao longo dos 10 anos frente ao reab.me; empresária que aposta na produção de produtos e conteúdos significativos e com propósito para ajudar as pessoas que precisam dos cuidado da reabilitação. Editora-chefe do Reab.me. Terapeuta Ocupacional (UFPE) com especialização em Tecnologia Assistiva (UNICAP). Mestre em Design (UFPE). Sou autora de 4 livros de exercícios para estimulação cognitiva que servem como material de apoio em contextos terapêuticos que visam a manutenção ou melhora de disfunções cognitivas. Sendo eles: - 50 exercícios para estimulação cognitiva: o cotidiano em evidência; - 50 exercícios para estimulação cognitiva: a culinária em evidência; - 50 exercícios para estimulação cognitiva: a família em evidência; - 50 exercícios para estimulação cognitiva de crianças com dificuldades de aprendizagem. No mais, sou Ana, esposa de Fábio, mãe de Olga e Inácio. Praticante de meditação e yoga.

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