Terapia com Bonecas para Idosos com Alzheimer

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Atualmente existem alguns debates acerca do uso de bonecas como método para diminuir a agitação e agressividade em alguns idosos no estágio intermediário ou avançado de demência.

Alguns profissionais da área da Gerontologia relatam que ao inserir o uso de bonecas ou quaisquer brinquedos para idosos com demência pode infantilizar o processo de cuidado pelo familiar ou por outros, que passam a enxergar o idoso como criança, usando de forma inadequada, o que pode até prejudicar, infantilizando o diálogo e conduzindo o idoso à ter comportamentos infantis.

Já outros, mesmo sem recomendar o uso diretamente, pensam melhor antes de restringir-lo, principalmente quando a família relata que o idoso ao encantar-se com a boneca, nomeia, fomenta diálogos e cuida como se fosse um bebê real, diminuindo alguns momentos de agitação e agressividade.

Um estudo de revisão sistemática publicado no JBI Database of Systematic Reviews and Implementation Reports (referência no final do post) sugere que existem evidências limitadas para apoiar o uso de terapia de boneca para o gerenciamento de agitação e agressividade.

Encontramos uma matéria no site do Alzheimer 360° que trouxe alguns benefícios e contra-indicações do uso de bonecas como tratamento alternativo para o público.

O estudo da Terapia com Bonecas iniciou-se no Reino Unido, relata que o uso de drogas psicotrópicas diminuiu de 92% para 28% dos residentes, já que alguns dos benefícios tendem a tranquilizar e diminuir a agitação nesses idosos.

Confira alguns benefícios:
  • Acalma;
  • Oferece conforto;
  • Alivia a aflição do idoso;
  • Reduz o estado de confusão;
  • Reduz a agitação;
  • Traz a sensação de utilidade, por sentir-se responsável pela boneca;
  • Estimula a comunicação, a linguagem e a interação;
  • Tem estímulo sensorial.

Mas cuidado, nem sempre o esperado acontece, alguns idosos podem carregar consigo um sentimento de responsabilidade muito além do que se espera, gerando angústia por ter que cuidar de um bebê ou desânimo por não conseguir ser correspondido.

Por ser uma área de estudo ainda em desenvolvimento, é importante que os profissionais que lidam com o idoso e sua família possuam um olhar crítico sobre como o brinquedo está sendo usado e se ele está sendo inserido/conduzido da  melhor forma, evitando principalmente a infantilização e aumento da agitação e nível de estresse.

E você, o que acha desse tipo de recurso, deixa aqui nos comentários ou nos conta lá no nosso instagram, @reabme. Tivemos uma série de relatos na postagem e você pode passar lá para ver! Clica na imagem abaixo.

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Existem alguns debates sobre o uso de bonecas como alternativa para diminuir a agitação e agressividade em alguns idosos no estágio intermediário ou avançado de demência. Existe uma perspectiva da Gerontologia que ao inserir o uso de bonecas ou quaisquer brinquedos para idosos com demência pode infantilizar o processo de cuidado pelo familiar ou cuidador. A presença da boneca pode gerar uma série de comportamentos infantilizados dos cuidadores, infantilizando o diálogo, a condução de atividades e podendo até gerar comportamentos infantis nos idosos. Acho que aqui cabe deixar claro que a preocupação é que essa ferramenta acabe desencadeando comportamentos inadequados dos cuidadores. Alguns profissionais, mesmo sem recomendar o uso diretamente, preferem não restringir o uso do brinquedo. Em especial, quando a família relata que o idoso encanta-se com a boneca, nomeia, fomenta diálogos e reproduz os cuidados de um bebê real, diminuindo alguns momentos de agitação e agressividade. Um estudo de revisão sistemática publicado no JBI Database of Systematic Reviews and Implementation Reports Conclusões sugere que existem evidências limitadas para apoiar o uso de terapia de boneca para o gerenciamento de agitação e agressividade. Quem quiser consultar o artigo: Fernandez, R., Arthur, B., Fleming, R. & Perrin, C. (2014). Effect of doll therapy in managing challenging behaviors in people with dementia: a systematic review. The, 12 (8), 330-363. E você, o que acha desse tipo de recurso? Deixa aqui nos comentários ou nos conta por direct. #gerontologia #dolltherapy #therapydoll #reabilitação

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Quem quiser consultar o artigo: Fernandez, R., Arthur, B., Fleming, R. & Perrin, C. (2014). Effect of doll therapy in managing challenging behaviors in people with dementia: a systematic review. 12 (8), 330-363.

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