Algumas vezes, podemos nos deparar com famílias que acham que a pessoa idosa não deve mais fazer atividades que gosta por estar fazendo “mal feito”. Diante dessas realidades, o papel do Terapeuta Ocupacional (TO) está em conscientizar os familiares e cuidadores sobre a importância do fazer, desde que o cuidador garanta a participação e a segurança da pessoa idosa com disfunção.
Esta situação é comum quando trata-se de mulheres idosas, que tinham como hábito contribuir nas tarefas domésticas, como lavar os pratos, varrer a casa, dobrar e passar roupas. Por alguma disfunção cognitiva ou motora, essas as atividades já não são mais realizadas como antes, deixando por vezes algumas tarefas inacabadas ou até mesmo como algumas pessoas costumam relatar “mal feitas”.
Vale reforçar com os familiares e cuidadores a importância da participação da Pessoa Idosa em atividades que o motivam/engajam. O TO deve educar sobre a importância de incentivar este tipo de tarefa, supervisionando e facilitando apenas quando for necessário. É assim, que consegue-se a manutenção das capacidades preservadas pelo maior tempo possível e também, o cuidado e sensibilidade, de proporcionar um momento de bem-estar.
Pense bem, caso a pessoa não estivesse motivada, tentando ajudar com as tarefas simples da casa, o cuidador ou alguém não teria que realizar? Então, explique que não será um momento que vai atrapalhar, e sim, que será prazeroso para a pessoa que está engajada durante a atividade.
Vale reforçar: Realizar pequenas atividades domésticas podem auxiliar no processo de manutenção da capacidade. Afinal, existe ativação neuronal durante a realização da tarefa, já que se recrutam habilidades cognitivas, sensoriomotoras e, ate sociais, a depender a tarefa.
Quando a pessoa idosa estiver interessada em realizar alguma atividade mais complexa, como preparar uma refeição, deixe o ambiente previamente organizado, ofereça suporte quando necessário, sinalize as etapas quando a pessoa esquecer de algo e torne o momento prazeroso e motivador.
Lembre-se! É importante manter a Pessoa Idosa ativa pelo máximo de tempo possível, garantindo a qualidade de vida e manutenção da saúde e capacidades por ainda mais tempo, diminuindo a velocidade do declínio cognitivo.
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