A tecnologia aplicada corretamente trará muita felicidade é isso que queremos passar com este post; e, isto é particularmente verdadeiro para pessoas com deficiência.
Quando aplicada com sucesso, a tecnologia ajuda a superar as limitações, desde as mais simples, como lembrar a hora de um remédio, até as mais complexas, como favorecer a comunicação. E assim, vai se desenhando a nossa frente um futuro acessível para pessoas com deficiência, graças aos avanços tecnológicos incríveis que estão ocorrendo.
A atual revolução na tecnologia móvel nos deu a interface touch com aplicativos de baixo custo em smartphones e tablets. Quase todos os dias ouvimos a história de alguém com uma doença ou deficiência que fez uso dessas ferramentas para superar limites até então intransponíveis.
O objetivo deste post é incentivar os pais e cuidadores a usarem a tecnologia para ajudar aqueles que possuem uma doença ou deficiência. Este post não espera promover uma mudança de paradigma, mas plantar uma semente que será nutrida e crescerá, se houver busca e pesquisa do tema “tecnologia e deficiência”.
Para uso da tecnologia, haja assim:
1. Seja destemido!!
O que acontece é que muitas pessoas têm medo de usar a tecnologia. Medo de quê??
– Medo da tecnologia: “eu não sei o que fazer com esse aparelho”
– Medo do fracasso: “vou usar e pode não dar certo”
– Medo do investimentimento financeiro: “é um aparelho caro”
– Medo da idade: “a pessoa que eu cuido é jovem ou velha demais para aprender a usar essa tecnologia”
Quantos aos medos, pense da seguinte forma:
Seja um aluno: não há nada que não possamos aprender com o tempo, NADA!!
Aprenda com os erros: errar e se enganar faz parte de qualquer processo de aprendizagem.
Invista para aprender: invista não somente o dinheiro, mas seu tempo para ler sobre e aprender. Aqui no site temos uma categoria só para Tecnologia Assistiva e Aplicativos em Reabilitação.
2 . Explore:
Tornar o tablet ou o smartphone útil para o seu filho requer proficiência tanto como curiosidade. A proficiência pode ser desenvolvida, mas é fato que sem motivação ela não é suficiente, aí é onde entra a curiosidade; esta sim fornece a motivação . Curiosidade nos leva a explorar.
Para desbloquear a nossa curiosidade natural é necessário ouvir. Isto mesmo, ouvir! Tem que ouvir o professor, o terapeuta e outros que já tiveram a experiência com a tecnologia. Ah, ouvir a opinião dos profissionais é super importante para ter aplicativos e tecnologias à altura da necessidades de quem vai usufruir.
Ou seja, algumas regras para explorar a tecnologia:
Identifique: o tipo de problema que precisa de software para ser resolvido. É um problema de comunicação, concentração, atenção? Identifique (junto com profissionais e outros que estão por perto)!!
Pesquise: invista seu o tempo para pesquisar as soluções, em forma de aplicativos, que podem ser úteis para os problemas identificados. Ah, não pare no primeiro aplicativo. Sempre tenha mais de 2 com a mesma função para você perceber o que funciona melhor. Ah, mais uma vez terapeutas e outros profissionais podem te dar boas sugestões de aplicativos.
Compre: Recomenda-se sempre baixar uma versão “lite” para avaliação. Uma vez avaliado e com bom resultado, compre!! Ou se a versão “lite” não te der as respostas necessárias, compre. ATENÇÃO: esteja atento a avaliação dos aplicativos feita por outros usuários. Geralmente, isso se resume no número de estrelas que aparece na loja dos aplicativos. Mas não só olhe o número de estrelas, mas leia a opinião dos usuários para entender o motivo daquela avaliação.
Imite: use o que funciona com outros que tenham problemas semelhantes. Outros pais e cuidadores podem já ter soluções e sugestões que facilitem sua busca.
Adapte: às vezes, não é necessário só o melhor aplicativo para aquele problema, pode-se fazer necessária a adaptação do equipamento ou de outros dispositivos assistivos para favorecer o uso da tecnologia, ou seja, a interface homem-maquina precisa ser trabalhada.
Seja paciente: o uso satisfatório, bem como certos resultados exigem tempo, logo paciência!!
Sorria: ao desfrutar dos sucessos que o bom uso da tecnologia pode te dar!! =)
3 . Faça o usuário se envolver:
É necessário trabalhar igualmente quem vai usar a tecnologia (caso haja condições). De nada adianta tanto esforço se a pessoa que vai usar não quiser usar. Ou seja, faz parte desse processo plantar a semente da curiosidade, que gerará motivação, também no usuário.
4. Estude o usuário:
Tenha consciência do que agrada e desagrada, o que chama atenção do usuário. Quando estudamos o usuário aprendemos a criar soluções atraentes e ajudar educadores e terapeutas a tornar as soluções mais atraentes.
Importante: Não gostamos de usar aqui no reab.me o termo “necessidades especiais”, resolvemos adotar o termo neste post porque ele ainda consegue sensibilizar mais e resumir melhor quando se deseja falar sobre os parentes com doenças e deficiências.