Use texto sobre Carnaval nas sessões de Reabilitação

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Oi gente, o site também foi contagiado pelo Carnaval. Pois é, se é fugir do Carnaval que você está tentanto, nem aqui você conseguiu! kkkk Mas… o post de hoje é mais uma dica para você usar durante o seu trabalho ou sua jornada de estimulação cognitiva com seu cliente ou familiar. 

carnaval

Achamos no site “Aventura de Aprender” um texto bem legal e umas referências que podem nos ajudar a usar o Carnaval como tema da nossa atividade.

A proposta é pegar esse texto, imprimir em uma letra maior e também imprimir cartões com algumas palavras que estejam no texto. Dessa forma, você pode trabalhar:

– atenção: pedindo que a pessoa pegue o cartão com a palavra quando você a disser durante a leitura;

– memória recente: ao pedir que a pessoa memorize os trechos onde cada palavra se encontra, depois reler o texto e fazer pausas para que a pessoa pegue os cartões que tenham as palavras que devem completar a frase.

O texto é:

História do Carnaval

É difícil dizer ao certo onde o Carnaval teve sua origem. Alguns historiadores dizem que nas festas em que os gregos e os romanos comemoravam suas colheitas; outros, nas festas egípcias, mas não se pode precisar realmente, porque essas festas também foram se transformando com o passar do tempo e com as mudanças sócio-culturais.

Assim como também não temos certeza da origem e significado da palavra Carnaval, sendo uma das possibilidades ter se originado do termo do latim “carnem levare”, modificada, depois, para “carne, vale!” (adeus, carne!), palavra que anunciava a retirada da carne das refeições por causa da Quaresma.

Mas sabe-se que, desde a idade média, o Carnaval está associado ao calendário cristão e representava, naquela época, o período de festas profanas que se iniciava ou a partir de 25 de dezembro, ou no Dia de Reis, e se estendia até a Quarta-Feira de Cinzas, quando começavam os jejuns da Quaresma.

Hoje, o Carnaval é considerado o período festivo, de comemorações de três dias, que começa no sábado e termina na Quarta-Feira de Cinzas, com o início da Quaresma, que se estende por quarenta dias até o domingo de Páscoa.

O certo é que esse tipo de celebração existe em vários lugares do mundo, há muito tempo, com características e rituais diferentes.

No Brasil, o Carnaval foi introduzido pelos portugueses. Era uma festa de rua, muitas vezes violenta, onde eram cometidos muitos abusos. Seu nome era entrudo — palavra que vem do latim introitus e que significa introdução, começo, no caso, era o início das solenidades da Quaresma.

O Carnaval daqui foi, até a metade do século XIX, uma festa em que os escravos festejavam sujando-se uns aos outros com polvilho e farinha de trigo, laranja podre, restos de comida, cal, ovos, goma ou espirrando água pelas ruas com o auxílio de uma enorme bisnaga de lata.

As famílias brancas, refugiadas em suas casas, brincavam o Carnaval jogando de suas janelas um líquido pouco cheiroso na cabeça dos passantes.

Esse tipo de brincadeira, com o passar do tempo, foi gerando muitos protestos; as pessoas evitavam sair às ruas e as classes mais favorecidas se divertiam em bailes e em salões fechados. Após uma intensa campanha da sociedade e de jornalistas contra a forma violenta do entrudo, os desfiles de rua começaram a se organizar e abrir espaço para outras formas de comemoração, com fantasias, máscaras, confetes, serpentinas, lança-perfumes e as marchinhas carnavalescas.

Apareceram também os blocos e cordões, grupos que, mais tarde, dariam origem às escolas de samba. Eram formados por negros, mulatos e brancos de origem humilde. Mostravam forte influência dos rituais festivos e religiosos trazidos da África, música própria, instrumentos de percussão, desfilando com estandarte e comandados pelo apito de um mestre. Daí a importância que tiveram para a formação das futuras escolas de samba.

A partir dos anos setenta, a televisão começou a tratar o Carnaval como um grande espetáculo e as escolas de samba passaram a ter mais visibilidade e investimentos, principalmente no Rio de Janeiro.

Hoje se observa que em todos os estados há a manutenção de algumas características regionais, como, por exemplo, na Bahia e em Pernambuco, com seus blocos, carnaval de rua, bonecos gigantes, e o acréscimo de outras, como os trios elétricos, ou os desfiles das escolas de samba, em São Paulo. Parece haver também uma tendência a uma padronização com bailes de salão, simples ou de gala, matinês especiais para crianças, concursos de fantasias e desfiles de escolas de samba.

Não esquece que nessa fonte você ainda pode encontrar outras fontes legais de inspiração, como imagens e músicas dessa época ano m-a-r-a-v-i-l-h-o-s-a.

Ah, se vcs tiverem sugestões de outras formas de usar o texto, sintam-se em casa e escrevam… =D

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Sou terapeuta ocupacional de formação, comunicadora por dom e experiência ao longo dos 10 anos frente ao reab.me; empresária que aposta na produção de produtos e conteúdos significativos e com propósito para ajudar as pessoas que precisam dos cuidado da reabilitação. Editora-chefe do Reab.me. Terapeuta Ocupacional (UFPE) com especialização em Tecnologia Assistiva (UNICAP). Mestre em Design (UFPE). Sou autora de 4 livros de exercícios para estimulação cognitiva que servem como material de apoio em contextos terapêuticos que visam a manutenção ou melhora de disfunções cognitivas. Sendo eles: - 50 exercícios para estimulação cognitiva: o cotidiano em evidência; - 50 exercícios para estimulação cognitiva: a culinária em evidência; - 50 exercícios para estimulação cognitiva: a família em evidência; - 50 exercícios para estimulação cognitiva de crianças com dificuldades de aprendizagem. No mais, sou Ana, esposa de Fábio, mãe de Olga e Inácio. Praticante de meditação e yoga.

3 COMENTÁRIOS

  1. Olá Ana Katharina,sou Terapeuta Ocupacional aqui em Recife.
    Gostei da sugestão da atividade, irei fazer com meu cliente. Tenho uma dúvida: Quando for trabalhar a atenção com o texto do carnaval, daremos todos os cartões ao cliente? Na ordem em que as palavras forem faladas?

    • Oi Cintya, você pode deixar os cartões na frente do cliente mesmo. Pode apresentar e explorar cada uma das palavras antes de usar o texto. Essa é inclusive uma chance para trabalhar outras coisas… que tal pedir ao cliente que explique o significado da palavra ou q diga um sinônimo? Abraço!! Vc é da federal? Será q é a Cintya q tô pensando?? (curiosa eu??) kkkk

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