Terapia Ocupacional online: terapeutas no computador?

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Quando vi o título “Terapia Ocupacional Online”  fiquei bastante interessada. O link me levou a uma plataforma que leva para escolas e clientes (crianças) serviços terapêuticos de Fonoaudiologia e Terapia Ocupacional Online, a PresenceLearning.

Usando o raciocínio de “a qualquer hora e em qualquer lugar”, a plataforma permite às escolas e aos pais acesso a uma rede nacional de  profissionais de saúde que trabalham através de vídeo-conferência, usando ferramentas online para as atividades terapêuticas.

O serviço, segundo a plataforma, permite uma melhor adequação entre a criança e o terapeuta. Por exemplo, pela quantidade de profissionais que eles possuem é muito mais fácil conseguir um especialista apropriado para as necessidades dos clientes.

No caso da Terapia Ocupacional, os profissionais prestam serviço por meio de atividades e exercícios – todos online, óbvio!!-  que visam trabalhar as seguintes habilidades:

  • Habilidades motoras finas
  • Postura
  • Leitura e escrita
  • Processamento sensorial

Algumas vantagens do serviço que eles propõem:

– Elimina o custo e otimiza o tempo da criança, pois não é necessário transportá-la para as sessões de terapia. Basta um computador capaz de realizar uma boa vídeo-conferência e pronto!

– As crianças adoram tecnologia e ficam motivadas em realizar tarefas nos computadores. Além de ser motivante para as crianças, os pais têm comunicação quando quiserem com os profissionais e recebem relatórios por email dos atendimentos.

 

Depois de ver tudo isso e algo mais fiquei pensando: “Bem, será que a tecnologia vai funcionar desta forma para os atendimentos futuros de profissionais de saúde??”. Com as dificuldades que temos hoje em alguns lugares (como transporte público) e o tempo cada vez mais reduzido das pessoas, que precisa ser otimizado, será essa a solução que as próximas gerações encontrarão?

Caramba… 

 

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Sou terapeuta ocupacional de formação, comunicadora por dom e experiência ao longo dos 10 anos frente ao reab.me; empresária que aposta na produção de produtos e conteúdos significativos e com propósito para ajudar as pessoas que precisam dos cuidado da reabilitação. Editora-chefe do Reab.me. Terapeuta Ocupacional (UFPE) com especialização em Tecnologia Assistiva (UNICAP). Mestre em Design (UFPE). Sou autora de 4 livros de exercícios para estimulação cognitiva que servem como material de apoio em contextos terapêuticos que visam a manutenção ou melhora de disfunções cognitivas. Sendo eles: - 50 exercícios para estimulação cognitiva: o cotidiano em evidência; - 50 exercícios para estimulação cognitiva: a culinária em evidência; - 50 exercícios para estimulação cognitiva: a família em evidência; - 50 exercícios para estimulação cognitiva de crianças com dificuldades de aprendizagem. No mais, sou Ana, esposa de Fábio, mãe de Olga e Inácio. Praticante de meditação e yoga.

6 COMENTÁRIOS

  1. Achei interessante, interativo ,prático, porém, o toque, a relação interpessoal, a relação terapeuta paciente, o olhar terapêutico, fica muito distante e aparentemente superficial. E no mundo atual onde crianças e adultos se refugiam na frente de um computador em suas casas, não seria mais um motivo, para os pais que tem crianças com necessidades especiais os esconderem?. Concordo com a praticidade, entretanto acredito que a atuação terapêutica fosse muito mais salutar se intercalada com o atendimento presencial e o online.

    Sou Terapeuta Ocupacional graduada na UNCISAL. Maria Aparecida

  2. Seria interessante para lugares onde não tenha especialsita que o paciente precise, e entre ficar sem atendimento a ter a terapia via vídeo, claro que por vídeo é melhor, mas não é igual ao atendimento feito pessoalmente. Pelo vídeo pode-se perder dados importantes para o terapeuta. Se este tipo de trabalho funcionasse aqui, creio que muitos se acomodariam e não iriam ao consultório. É diferente você ter uma facilidade para atender a quem não tem acesso a tratamento da queles que por praticidade ou para se ver livre de cobrança, como da escola por exemplo, busque o que dê menos trabalho. Se não estou enganada, o Conselho de Fonoaudiologia não permite este tipo de terapia.

    um abraço Rosana Vieira
    Fonoaudióloga – Especialsita em Linguagem

  3. Achei este trabalho magnífico. Trabalho com Atendimento Educacional Especializado e gosto de explorar toda ferramenta que colabore com o desenvolvimento das pessoas com deficiência.

    Parabéns!

    Michele Dias

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