É um brutal processo de aprendizagem que pode levar de três a quatro anos para ser concluído com um teste final – the Knowledge of London Examination System – que muitos levam até 12 vezes para passar. Com toda essa exigência apenas a metade dos taxistas têm sucesso no exame.
No início do estudo, os participantes não mostraram diferenças visíveis na estrutura do cérebro ou da memória. A estrutura posterior e anterior do hipocampo – que haviam sido apontadas, em estudos anteriores, maiores em motoristas de táxi de Londres – foram iguais em todos os participantes.
Nos anos seguintes, apenas 39 do grupo trainee passou no teste e qualificaram-se como taxistas cadastrados. Isso deu aos pesquisadores a oportunidade de dividir ainda mais os voluntários em três grupos: aqueles que passaram, aqueles que treinaram mas não passaram e os controles que nunca treinaram.
Agora, com mais exames, os pesquisadores encontraram um aumento na massa cinzenta na parte de trás do hipocampo dos formandos que passaram no teste. Aqueles que falharam, ou nunca foram treinados não tiveram alterações em sua estrutura cerebral.
Nas tarefas de memória os taxistas treinados foram melhor que os do grupo controle na tarefa de recordar referências de Londres. No entanto, em outras tarefas não relacionadas com a capital, como recordar informações visuais complexas, os controles e os taxistas que não se classificaram foram melhores que os taxistas que passaram no teste.
“Acompanhando os taxistas treinados ao longo do tempo temos visto como a estrutura do hipocampo pode mudar com estimulação externa“, disse Maguire em um comunicado à imprensa. “O cérebro humano continua a ser ‘plástico’, mesmo na vida adulta, permitindo adaptações enquanto aprendemos novas tarefas.”