Que grau de Autismo meu filho tem? Entenda o Autismo de Alto e Baixo Funcionamento

27258

“Que grau de Autismo meu filho tem?”

Essa pergunta é uma das mais frequentes na primeira consulta e merece ser trabalhada para ser bem entendida e não causar pessimismo e desânimo.

O conceito de Espectro Autista é hoje dividido basicamente em dois grupos, a saber: Baixo e Alto Funcionamento. O primeiro é aquele onde há também uma limitação intelectual (cognitiva) e pouca melhora sintomática (clínica) e o segundo é composto pelos indivíduos que possuem histórico típico de Autismo (atraso de fala, fala na terceira pessoa, déficit importante na interação, etc) e que melhoraram muito conseguindo se alfabetizar, dialogar, usar o pronome “Eu”, entre outras aquisições, demonstrando portanto uma inteligência normal, e pela Síndrome de Asperger (SA), que não possui atraso de fala, atraso no uso do pronome “Eu”, nem déficits cognitivos.

Os que são afetados pela Síndrome de Asperger raramente chegam ao consultório para diagnóstico antes dos 6 anos, pois os prejuízos não são evidentes nem importantes antes dessa idade, diferentemente dos indivíduos do outro grupo, em que os déficits de desenvolvimento no psiquismo global geralmente já estão presentes desde o nascimento/primeiro ano de vida. Ou seja, tanto os afetados pelo Transtorno do Espectro do Autismo de Baixo Funcionamento (TEABF) como os afetados pelo Transtorno do Espectro do Autismo de Alto Funcionamento não Síndrome de Asperger (TEAAF não SA), são diagnosticados por volta dos três anos.

Como quase que a totalidade dessa população aos 3 anos (TEABF e TEAAF não SA) é não verbal funcional e um dos melhores parâmetros de gravidade é o déficit da comunicação (e inversamente o prognóstico por sua qualidade positiva), todos serão classificados como graves.

Como o M-Chat (Modified Checklist for Autism in Toddlers — um breve questionário referente ao desenvolvimento e comportamento utilizado em crianças dos 16 aos 30 meses com suspeita de Autismo) não avalia a comunicação verbal, podemos ter uma visão da comunicação não verbal que é contemplada nessa escala pelos itens 6, 7, 15 e 16, que são respectivamente: apontar com o indicador para pedir alguma coisa, apontar com o indicador para mostrar interesse em alguma coisa, apontar para um brinquedo do outro lado da sala, (a criança) acompanha com o olhar, olhar para as coisas para as quais o adulto olha. Embora esses itens possam ser identificados como atenção partilhada, eles fazem também parte da comunicação proto-imperativa e proto-declarativa e sua melhora também gera melhora da comunicação verbal. Em pesquisa (ainda não publicada) realizada utilizando-se o M-Chat, em população de 135 crianças com suspeita de TEA e mediana de 36 meses de idade, foi encontrada a seguinte realidade: 47 (35%) apontavam o que queriam, 21 (15,5%) apontavam para mostrar, 32 (23%) olhavam o que os Pais e apontavam, e somente 6 (4,4%) olhavam para onde os Pais olhavam.

O ditado “A Deus o futuro pertence” é certo pois sabemos que a clínica apresentada nessa idade de 3 anos não prediz o futuro, o que significa que muitas pessoas melhoram tanto, que saem dos critérios do TEABF. Porém, também é verdade que “Não existe almoço grátis” o que significa que essa melhora significativa depende da implantação das terapêuticas já reconhecidamente eficazes, em grande quantidade e sob uma lógica coerente. Então a pergunta “Que grau de Autismo meu filho tem?” feita na 1ª. consulta por volta dos 3 anos de vida é uma verdadeira armadilha para todos (profissionais e família), pois se o médico mente dizendo que é leve/média e a família se acomoda, a criança não se desenvolve, e se o médico é simplesmente honesto, sem explicar essas questões acima, a família pode desanimar e o futuro da criança estará fadado à incapacidade.

Finalizando então, por mais grave que o quadro do TEA possa ser nos primeiros anos de vida, só saberemos o futuro pela reação positiva (desenvolvimento) da criança à medida que os tratamentos forem implantados.

Fonte: Revista Autismo
Autor: Walter Camargos Junior é psiquiatra da Infância do Hospital Infantil João Paulo-II — FHEMIG, em Belo Horizonte, MG.
 
Imagem: Reab.me

 

Artigo anteriorAtividade física pode diminuir a perda de volume do hipocampo em pessoas em risco genético para a doença de Alzheimer
Próximo artigoTempo na internet pode evitar depressão em idosos aposentados!
Sou terapeuta ocupacional de formação, comunicadora por dom e experiência ao longo dos 10 anos frente ao reab.me; empresária que aposta na produção de produtos e conteúdos significativos e com propósito para ajudar as pessoas que precisam dos cuidado da reabilitação. Editora-chefe do Reab.me. Terapeuta Ocupacional (UFPE) com especialização em Tecnologia Assistiva (UNICAP). Mestre em Design (UFPE). Sou autora de 4 livros de exercícios para estimulação cognitiva que servem como material de apoio em contextos terapêuticos que visam a manutenção ou melhora de disfunções cognitivas. Sendo eles: - 50 exercícios para estimulação cognitiva: o cotidiano em evidência; - 50 exercícios para estimulação cognitiva: a culinária em evidência; - 50 exercícios para estimulação cognitiva: a família em evidência; - 50 exercícios para estimulação cognitiva de crianças com dificuldades de aprendizagem. No mais, sou Ana, esposa de Fábio, mãe de Olga e Inácio. Praticante de meditação e yoga.

38 COMENTÁRIOS

  1. Muito interessante o assunto…. tenho um lindo bebezão de 03 anos diagnosticado com Autismo e vejo que preciso de muitas informações e tenho que correr…..pois o tempo passa rápido e não espera ninguém.

  2. Estou meio perdida com tudo isso mei filho tem 3 anos e foi diagnosticado pelo psiquiatra com autismo não sei por onde começar se tiver alguma mãe qu epossa me ajudar mesmo com conversa ficarei muito grata pois não sei por onde começar obrigada……..

    nathaliacosta921@gmail.com

    • O conselho que lhe dou nathalia é que corra, o tempo é crucial, com um ano e seis meses o meu filho começou apresentar características autistas, com minhas suspeitas comecei levar-lo em especialistas, mas o diagnostico só veio aos 3 anos de idade, hoje ele tem 5. Mas faz tratamento desde os 2 anos de idade, começou a passar no CAPSI (Centro de atendimento Psicosocial Infantil) O CAPSI ajudou bastante na socialização, ele ainda prefere o individual, mas interage melhor com a as outras crianças, ele também faz fonoterapia, terapia ocupacional, natação, e passa com o Psicologo. A escola tbm ajudou mt em relação a linguagem e a socialização. o Lucas aos poucos está começando a conquistar sua independência, já come sozinho, já se veste sozinho, e já fala, uma fala rebuscada… mas ainda assim agradeço todos os dias por ele está conseguindo se desenvolver dentro de suas limitações. Por isso corra atrás de todos os tratamentos possíveis, quanto mais cedo melhor.

    • Oi sou mae de uma linda mebina autista, hoje com quase 15 anos,quando descobrimos que ela era especial so tinha um ano e oito meses, foi um choque pra mim como mãe, mas aos poucos fomos aprendendo a lidar com tudo e hoje posso te dizer com toda a certeza que ela é o maior presente de Deus na minha vida, alem do autismo ela tem atraso mental e é hiperativa,fique calma,procura levar teu filho em uma escola especial,fonoaudiologa, neurologista e a todos os lugares que te indicarem,pq tudo vira a somar futuramente na vida dele.Boa sorte e que Deus abençoe vocês. Bjs

    • Nathalia a Estimulação precoce é a primeira coisa a se fazer de imediato, uma criança estimulada da maneira correta e na hora certa pode vir a ser um adulto independente, más uma dica primordial nesse momento: Deixe ele fazer as atividades de vida diária dele sozinho….Não faça pelo seu filho o que ele mesmo consegue desenvolver… Envolva toda a família nesse processo, marido, outros filhos, avó, avô, tios e tias….amigos também, faça com que todos conheçam e ajudem na socialização de seu filho… Para que você não fique sobrecarregada de atividades e cuidados com seu filho, porque a maioria das mães de crianças autistas tendem a ficar com depressão e doentes… E por último saiba selecionar o material que você lê…. Tem muita coisa boa, más também tem muita coisa que desanimam a nossa caminhada nesse processo de aceitação e cuidados com os nossos filhos… Quero deixar um grande abraço e dizer que você não está sozinha… bjs, Eliane de Lima – Psicopedagoga e Especialista em Educação Especial

      • Oi desculpe entrar na conversa . Tenho um filho de 9 anos q foi diagnosticado com asperger aos 4 anos e daí minha minha vida ficou sobrecarregada pois só eu é que faço tudo p o meu filho ( o pai dele não ajuda muito) e fiquei c depressão, crises de ansiedade e muito exausta. Por vx me senti sozinha, tomo remédio p ansiedade e passo c psiquiatra , porém sei q se não o levasse p os tratamentos ele hoje não estaria mais desenvolvido e independente. Sei q tem muito a conquistar mas tb sei q o q faço por ele é importante e tenho q conseguir arrumar forças não sei de onde p ajudar meu filho .
        Obrigada à todos q se dispõe a relatar ajudas variadas por situações e exemplo de experiências e tb por textos como esses . Obrigada .

    • Eu tenho um neto diag. Com autismo aos dois anos,hoje ele tem tres aninhos,com um ano e meio ele comessou a falar, mas de repente ele emudeceu,conclusao diagnstico autismo, entao nao tivemos nem uma duvida em correr atras, nao ficamos choromingando pelos cantos, comessamos com uma psicologa e ela foi orientando, colocar em uma escolinha para ter contato com outras criancas , e ai foi, terapia ocupacional, neurologista , fonoaudiologa, psicopedagoga por enquanto, hoje faz um ano que ele esta indo, conclusao: ele esta falando tudo, do jeitinho dele de uma em uma palavra por enquanto, aabe ja contar de 1 ate 10 sabe todas ss cores em ingles’ isso se deve ao yotube ,ja sabe o que quer e esta se comunicando, por isso digo a voce ponha todo o seuvor para funcionar e o resiltado vc vera, nao tem alegria maior que vc ver o progeesso de seu filho, qundo meu neto as vz fala duas palavras juntas o que ele ja comessou a fazer eu fico tao feliz que para mim como se ele tivesse passado no vestibular, eu sou a avo mais feliz do mundo, so tenho ele de neto e eu ja estou com 70anos,mas fico muito feliz em poder cuidar dele ainda para que minha filha possa trabalhar, e e isso ai amiga, vai para a frente com muito amor e vc vai ver que vale a pena amar tanto nossos anjos azuis, estomule muito, brinque de tudo com ele mesmo que ele nao corresponda, abraco amiga e seja feliz com teu snjo azul.

  3. Excelente texto. Fé em Deus, otimismo e engajamento de nós Pais, intervenção precoce de terapias, tratamento biomédico e nutricional fez toda diferença na vida do meu filho. Hoje aos 4a10m é outra criança e está acompanhando a turma da idade sem grandes problemas.

  4. E qdo há atraso de fala mas não de intelecto e pronúncia mto bem o eu ,interage com outras pessoas, lê, escreve, tem um atraso comportamental mas pequeno

  5. Olá Ana! Como Neuropsicóloga achei muito interessante e clara suas informações. Vejo o quão importante é investigar as funções e comportamentos para que possamos estimular o que for preciso nesta fase que estão se desenvolvendo ainda, e não nos preocuparmos tanto com o diagnóstico.
    Falo sempre para os pais que devemos nos preocupar com a demanda de cada filho. O que precisa adquirir, reduzir, e/ou readaptar?
    Estar atenta a cada passo dado e reconhecer, elogiar e reforçar cada esforço, cada ganho.
    Muito bom!
    Até a próxima,
    Clarissa Melo.

  6. meu filho 13 anos, 7A SÉRIE, S. ASPERGER
    COMO INCENTIVAR NA ALIMENTAÇÀO?
    COMO ORIENTAR O INTER-SOCIAL NA ESCOLA E COLEGAS DE CLASSE? (ELE É SELETISTA EM TUDO, DE OPINIÃO PRÓPRIA.

  7. Meu caçula demonstrou sinais de autismo desde a tenra idade, com 1 ano eu tinha total certeza como mãe…pois das dez perguntas sobre as suspeitas, eu respondia 8 a 9 sins…comecei a procurar ajuda, sendo que o que percebi foi o total desconhecimento por parte da grande maioria de profissionais que achei no sistema público da minha cidade, pois não tinha condições de pagar terapias ou profissionais particulares. Ele começou na creche aos 9 meses, o que ajudou muito a socialização mesmo que quase inexistente por parte dele, mas sempre estava rodeado de crianças, andou na ponta dos pés, teve fixação por água, sentou em W, quando era bebê para dormir ficava de quatro se mexendo para frente e trás. Começou as terapias aos 3 anos quando realmente teve um diagnóstico colocado no papel a meu pedido por um neuro particular, assim como o Autismo foi considerado por lei como uma deficiência eu tive como correr atrás dos direitos do meu filho e ele começou as terapias (Fono, T.O., Esporte, Musicoterapia), aos 3 anos não falava ainda mais emitia alguns sons e gritava, também era bastante agressivo…hoje graças a Deus e a cada dia de uma vez ele esta na escola classe regular, já desfraldou desde os 4 anos, come sozinho, fala(de forma limitada e com muita ecocalia ainda) e compreende tudo que é tido, ainda tem muita sensibilidade a sons (vários, como sirenes, fogos etc). Faz o método Kumon de matemática o que esta ajudando muito na concentração e na coordenação motora, já escreve o nome. Ele tem uma excelente memória. Quando perguntam qual o grau de autismo do meu filho eu digo que ele esta evoluindo a cada dia, pelos protocolos eu acho que ele se encaixa mais em Autismo de alto Funcionamento (AAF), pois como relatei ele teve os sinais do autismo desde muito cedo.

  8. MEU FILHO TEM 5 ANOS FOI DIAGNOSTICADO COM AUTISMO ATÍPICO . NA VERDADE NENHUM PROFISSIONAL NUNCA MIM EXPLICOU NADA SOBRE ISSO QUANDO TENHO OPORTUNIDADE PESQUISO UM POUCO POIS NÃO TENHO PC

  9. Meu filho esta c 6 anos e 10ms.ele nao fala.mas canta musicas.só gosta de videos c musicas.p pedir algo lucas pega na nossa mao e nus leva ate a geladeira se quer comer.e nos temos q dar opçoes p saber o q ele quer.ele nao brinca com brinquedo normal ele gira tudo,carrinhos,panelas etc. Fla algumas palavras as vzes como papai,iogurte.escola. mas antes nao falava nada.toma tres medicaçoes p hiperatividade pq n senta.ate p comer e dificil sentar.ele tbm tem pequena lesao cerebral esquimal.descobrir ele c dois anos.e logo comecei c escola e terapias.mas nao rabisca nada.fla o alfabeto todo mas n escreve nada.qual grau dele dra?

  10. Lucas se chega nas pessoas pega nas maos,ele nao recusa ninguem q brinque c ele.agora ele olha nos olhos.a peqna lesao cerebral foi pq faltou cerca de 28-30segdos oxigenio n cerebro qdo ele nasceu.fez fisioterapia p sentar.andou c 1.ano e 2 meses.flava poucas palavras como agua.depois de um ano e meio ele começou esterotipar c os braços gritava muito.foi qdo fez a ressonancia e descobri a lesao cerebral.e altismo.a neuropediatra de Salvador Naiara Argolo.diagnosticou como grau medio o autismo a cinco anos atraz.mas ele melhorou muito c as medicaçoes.mas tbm tem crises nervosas sempre.sera q ė medio msm??

  11. Meu filho foi diagnosticado aos 3 anos, muito choro e medo do desconhecido”autismo”, apos isso resolvi aceitar que é o melhor remedio, corri pras terapias a criança com dois anos de fono e psicólogo não apresentava melhoras e nada de falar, foi quando resolvi mudar a equipe, na primeira semana ele chamou mamãe e o pedir com o dá, o comportamento mudou e hoje com sete anos ja sabe ler e escrever, é uma amor de criança!
    Ainda fala pouco porém ja diz o que quer!
    É muito importante que não tratemos nossos filhos como doentes nem incapaz, tratemos sem indiferença, o autista tem dificuldade de entendimento, porém depois de dar o modelo consegui entender o que lhe foi pedido!
    A ausência de voz não quer dizer que ele não entenda ou que seja surdo, então cuidado com o que diz. Para o meu filho eu falo e creio que ele vai ser maior do que nos meus sonhos quando ele estava no meu ventre pude imaginar!!

  12. os meus Foram bem interessante, só o menor que teve atraso de andar e falar mais falou aos 6anos e andou com 1ano e meio. ele hoje não. Escreve e não ler.

    • Ola,Aline ! Eu Tenno uma filha com 22 Amos e tem AUTISMO. Eros diagnostica aos 12anose desde então a trato com uma equipe maravilhosa no instituto priorit ,no Rio de Janeiro .

  13. Olá, interessante a reportagem, mas por favor me falem alguma coisa com relação a crianças pré e adolescentes principalmente em seu convívio escolar.

  14. João 8 anos e estava desenvolvendo a fala a escrita, porém não fazia a leitura do que escrevia e após o nascimento da irmã mais nova ele não apresentou grandes avanços. E agora após a irmã completar dois anos seu desenvolvimento esta parecido com a idade da irmã…ele começou a agir de maneira totalmente infantilizada, faz birras constantes não aceita mais as regras e nem rotina. Fica embaixo da mesa ou cadeira ou se rastejando no chão na maioria do tempo .Já foi conversado com a mãe mais ela acha normal e diz que ele cuida da irmã mais nova e seu comportamento é parecido e pega coisas do chão pra comer principalmente chiclete. Como agir nessa situação?

  15. Henrique 18 anos concordo com a Aline Gimenes, o maior sofrimento e dificuldade está em encontrar pessoas capacitadas e dispostas a ajudar

  16. Se falamos de ESPECTRO, não podemos reduzir o transtorno em dois tipos, de baixo e alto funcionamento. O texto começou mal para ser assinado por um médico. Isso me desespera. Quanto mais precisos e claros formos, mais contribuiremos para uma sociedade mais consciente. Já temos desinformação e despreparo demais.

  17. A comunidade autista detesta esses rótulos. Queremos abolir de vez os rótulos de “funcionamento” ou “desempenho”. Pessoas não são coisas para “funcionar”. Também não somos computadores ou carros para ter “desempenho”. O autismo é um espectro muito amplo para dividir todo mundo entre os que “tem valor pro mercado de trabalho” e os que “não tem valor pro mercado de trabalho”. E não é bom para ninguém qualquer um desses rótulos. Se recebem o rótulo de “baixo funcionamento”, são vistos como menos humanos, como “fardo da sociedade”, que são dignos de pena e se tentarem expressar sua opinião sobre autismo, serão ditos que são “demasiadamente deficientes” para saber do que estão falando. (você pode não pensar assim, mas essa é a mensagem que se passa para o povão). Ser chamado de”alto funcionamento” também não é elogio e nem é bom. É uma pressão ENORME para parecer neurotípico. Não é permitido mostrar defeitos, ter algumas regressões de habilidades. Tudo quanto é de limitações do autismo serão vistas como “culpa sua” (você pode não pensar assim, mas…) e se tentarmos expressar nossa opinião sobre autismo, seremos ditos que somos muito “leves” para sabermos do que estamos falando. Perceba como esses rótulos são uma forma de nos separar e silenciar. Pelo menos vocês explicaram o perigo de se apegar a rótulos. Outra questão é que “severidade” não é uma coisa estática. As coisas mudam com o tempo, tanto pra melhor quanto para pior. E tem muitos outros problemas com rótulos de funcionamento, que nem cabe aqui explicar tudo. #autistadeverdade

  18. Tenho um filho com 40 anos diagnosticado asperger com 32 anos sem tratamento algum, se desenvolveu com muita discriminacao e sofrimento e hj e formado em engenharia de computacao, faz terapia com psicologa e trabalha numa vaga para deficiente, mas a discriminacao e o sofrimentocontinua o mesmo

  19. Minha neta ainda não tem 02 anos.
    Demorou para andar(1 ano e 6 meses), agora anda muito pra lá e pra cá falando e cantando e ainda não conseguimos entender.
    Não fala mamãe, papai e não interagi com outros crianças.
    Tendo ou não tendo autismo (pq não tem 1 profissional para nos orientar e dar um diagnóstico de é ou não é autismo) não quero chegar daqui 1 ou 2 anos e ter o diagnóstico e saber que não fizemos nada.
    O que de concreto posso fazer AGORA, exercícios brincadeiras …?
    Desde já agradeço orientações.
    Val

    • Valderes, não sei se já procurou um neuropediatra, mas seria interessante para ter diagnósticos mais precisos. O meu filho tem 3 anos e mesmo com fonoaudiólogo e neuropediatra, permanecemos sem diagnósticos. Apesas do desanimo, eu não desisti e fui ensinando as coisas, cores, numeros, formas, coisas comuns para crianças da idade dele. levei em APAE também. Hoje ele fala algumas palavras, faço terapia ABA com psicólogas há 3 meses (terapia essa geralmente utilizada para autistas) e ele tem tido evolução a cada dia. Penso que o diagnóstico não é nada além de um papel confirmando aquilo que a gente, no papel de mãe, avó, família mesmo, já sabemos. Talvez o diagnóstico do meu aconteça em dezembro, e eu não desisto de buscar ensiná-lo as coisas da maneira que eu vejo que ele aprende. Te aconselho a ensinar de uma maneira, se não der dessa forma, muda a maneira, mas teha em mente de que sua neta aprende, e aprende muito. É apenas ensinar de uma maneira que seja clara pra ela, mesmo que diferente da forma tradicional..
      Comigo tem dado certo..

  20. Muito bom o texto. Meu filho foi diagnosticado aos 3 anos e 4 meses com SA. Além da pouca interação verbal, a interação social era um grande problema. Hoje, com 4 anos, 8 meses de tratamento psicológico especializado, e acompanhamento de duas fonos, ele já pronuncia frases longas, se faz entender e entende tudo o que está a sua volta, tem um desempenho excelente na escola (escola normal, que o acolheu muitíssimo bem) e cada dia que passa tem evoluções mais e mais percebidas. Sim, não existe almoço grátis, mas os pais precisam entender, antes de mais nada que cabe a eles o principal suporte aos seus filhos, e também buscar não rotinizar a vida da criança, para não criar um micro-mundo, pois ela não será criança para sempre!

  21. Michelly oi tenho um menininho de oito anos diagnosticado aos três anos e meio com altismo nível médio demorou muito pra falar se relacionar com outras crianças mas sempre lidamos com ele como uma criança normal incentivando ele a brincar com outras crianças a falar cantar hoje ele já se solta mais não fica mais tão sozinho ele passava horas no quarto sozinho enquanto o irmão mais velho de onze anos brincava se divertia ele sempre com o olhar fixo em algum desenho na tv hoje ele fala brinca com crianças está progredindo é um progresso lento mais ele existe.

  22. Olá meu filho tem comportamento repetitivo desde os três anos de idade e hoje com 7 anos continua com esses comportamento e fala com dificuldades e não prolonga a conversa e a neurologista me alertou que ele possa ser autista então por favor me ajudem eu não sei o que fazer eu fico pesquisando na Internet em tudo procurando resposta quando ele tinha 2 anos ele gritava e não falava quase nada

  23. Na minha opinião não existe graus de autismo,a criança tem autismo e pronto.Existe a criança que não foi tratada ou tratada de forma errada ou a criança que recebe estímulos de forma correta. A criança que não recebeu intervenções nos primeiros anos de vida tende a não se desenvolver e é diagnosticada como autismo de alta complexidade.Simples assim! A questão é a forma de tratamento,a criança que teve um tratamento precoce tende a ter um autismo leve porque foi estimulada.

  24. Eu tenho um filho síndrome de asperger só descobri porque ele começou a lê, ao três anos sem ir a escola ,no incinio foi difícil meu mundo caiu fiquei em depressão, mas graças a Deus eu fui para igreja reza um terço dois três por dia pedia a minha mãe do céu que rogase a Deus para me da sabedoria e paciência para lidar com o diferente hoje eu me curei da depressão e curri atrás de ajudar graças Deus nós vencemos, meu filho tem hoje 19 anos e faz faculdade de inglês e está no primeiro emprego e quase independente só aind não consegui andar só eu deixo no trabalho na faculdade depois pego mas tenho fé que ele ainda vai conseguir não desista lute dê amor limite doe seu tempo vai valer apena hoje eu digo você e o melhor presente que Deus me deu um lindo diamante que Deus está lapitando com o tempo e vai ser uma jóia rara um dia você também chegar lá colher o.fruto do seu amor bjos fé em Deus

  25. Boa noite Pessoal, o meu filho tambem tem asperger, sua principal dificuldade é na alimentação, não suporta cheiro fortes, come muito pouco e pouquíssima variedade, hoje ele tem 18 anos vai prestar vestibular amanhã “Ciência da Computação”, gosta muito de informático e de jogos eletrônicos sempre foi um ótimo aluno, mais nos últimos 2 anos deu uma recaída, acho que a falta de interação com os colegas foi o que prejudicou seu desempenho na escola, sempre morou com a mãe, eu trabalhei muito viajando e não pude acompanhar de muito perto, cheguei a leva-lo aos médico para saber qual era o problema dele quando pequeno , mas sempre ouvia dizer que era timidez e manias, aos 10 suspeitei de Especto Autista, e discutir com uma psiquiatra e uma psicologa, todas elas falavam que ele não era autista, por que falava e estudava alem de tirar boas notas, infelizmente para muitas pessoas só conhecem o autismo se for o caso gravíssimo, as suas variações não são entendidas, agora ele mora comigo em Aracaju e espero encaminha-lo a uma vida normal, essa é a esperança de nós pais que eles consigam levar uma vida como nós, sei que precisa de um acompanhamento de especialista mais nós podemos ajuda-los muito. Qualquer coisa podemos trocas experiências cleidson1@yahoo.com.br

Deixe um comentário para Angelica coelho Cancelar resposta

Please enter your comment!
Please enter your name here

Esse site utiliza o Akismet para reduzir spam. Aprenda como seus dados de comentários são processados.