Linguagem: formas de avaliá-la no cotidiano do cliente #TrocaDeExperiências

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Todos usamos avaliações padronizadas que nos fornecem informações sobre as habilidades cognitivas do cliente. Memória, atenção, flexibilidade mental… enfim, existem avaliações que nos permitem conhecer o perfil cognitivo da habilidade que quisermos, basta aplicá-las.

Nosso objetivo nesse post hoje é aguçar e estimular a preocupação dos terapeutas sobre o COTIDIANO, ou seja, como essa linguagem é/era “usada” e “estimulada” no dia-a-dia do cliente. Note que colocamos na linha anterior um verbo no passado, e isto é porque precisamos conhecer como era o cliente antes da disfunção que o acomete, ouso afirmar que isso chega a ser tão importante quanto conhecê-lo agora. Como ele funcionava e como ele funciona, essa é a questão a ser resolvida.

Entenda:

1- Como a leitura, a escrita, a comunicação verbal/não-verbal era usada no cotidiano do cliente. Pesquise sobre o interesse dele nos meios de comunicação, como jornais, revistas, rádio, livro, televisão… Muitas vezes, só ao olhar em nossa volta no ambiente domiciliar temos pistas do interesse.

2- Explore situações mostradas em imagens de jornais e revistas. O que está acontecendo nessa cena?? Perceba sempre a riqueza dos detalhes, da fluência (o quanto ele “fala”), da exatidão do que está sendo dito.

3- As próprias cenas que acontecem em casa podem servir para fins de avaliação ou estimulação. O que esse apresentador da TV está fazendo, o que ele está dizendo? O que está acontecendo agora nessa cozinha?

4- O cliente lia, gosta de ler? Se não ler mais, tente entender o motivo, e a depender do seu achado, adapte a atividade usando alguns recursos, como régua, marcador de texto, caneta colorida, estes últimos para os trechos que se deseja destacar.

Conheci uma terapeuta e uma fono que usavam quadrinhos de jornal em suas terapias para trabalhar a linguagem.

3- É importante conhecer a integridade sensorial do cliente. Ele está vendo e escutando bem? Ele está captando bem as informações sensoriais??? Porque se isso for uma dúvida, corremos o risco de culpar a cognição, enquanto o problema está na entrada da informação.

Estou falando de forma rápida, referindo formas de explorar a linguagem no cotidiano, mas isso são SUGESTÕES que devem ser aliadas ao seu conhecimento do profissional, que pode ou não usar das sugestões acima.

No mais, deixo para vocês imagens do codiano que podem também servir como material ao terapeuta nesse conhecimento e trabalho da linguagem. Espero ter ajudado!

Foto:

Destaque: Bruce McKay~ YSP

No corpo do post:

1- omefrans

2- benjamin rossen

3- avidd

4- oddharmonic

 

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Sou terapeuta ocupacional de formação, comunicadora por dom e experiência ao longo dos 10 anos frente ao reab.me; empresária que aposta na produção de produtos e conteúdos significativos e com propósito para ajudar as pessoas que precisam dos cuidado da reabilitação. Editora-chefe do Reab.me. Terapeuta Ocupacional (UFPE) com especialização em Tecnologia Assistiva (UNICAP). Mestre em Design (UFPE). Sou autora de 4 livros de exercícios para estimulação cognitiva que servem como material de apoio em contextos terapêuticos que visam a manutenção ou melhora de disfunções cognitivas. Sendo eles: - 50 exercícios para estimulação cognitiva: o cotidiano em evidência; - 50 exercícios para estimulação cognitiva: a culinária em evidência; - 50 exercícios para estimulação cognitiva: a família em evidência; - 50 exercícios para estimulação cognitiva de crianças com dificuldades de aprendizagem. No mais, sou Ana, esposa de Fábio, mãe de Olga e Inácio. Praticante de meditação e yoga.

1 COMENTÁRIO

  1. Adoro este site! Sou Fonoaudióloga e atuo com neurociencias e aprendizagem! Atendo idosos com DA e criancas com dislexia! Esses posts tem me ajudado muuuutissimo e afloram a minha criatividade! Em breve mandarei algumas atividades legais! Beijos e parabéns !

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