Jovens com autismo podem aprender a dirigir?

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Aprender a dirigir é algo que todo mundo quer, e muitos estão aguardando ansiosamente para chegar a idade mínima exigida para obter a cobiçada licença. Jovens com Autismo de Alto Funcionamento (AAF) também são assim.
Dirigir um veículo significa ser capaz de regular as emoções, a coordenação e ter alguma habilidade na interação social. Estas questões muitas vezes apresentam alguns problemas em pessoas com AAF. Mas o fato de que com eles o processo de aprendizagem seja um pouco mais complexo, não significa que não consigam dominar as técnicas certas para dirigir um carro.
Ainda não se sabe muito sobre este perfil em particular, mas ainda assim o número de jovens com diagnóstico de AAF continua a crescer, e é importante saber o quanto eles serão capazes de conduzir com segurança e qual é o melhor modelo de aprendizagem. Não se esqueça que muitos jovens estão envolvidos em acidentes de trânsito a cada ano, por isso é importante saber mais sobre esta questão.
Por esta razão, pesquisadores “The Children’s Hospital of Philadelphia’s Center for Child Injury Prevention Studies” decidiram lançar um estudo para saber mais. Eles fizeram um levantamento de 297 pais de crianças com AAF e encontraram alguns parâmetros que podem ser usados ​​para prever quais os jovens podem se tornar motoristas, incluindo:
– Ter pelo menos 17 anos;
– Freqüentar regularmente a escola em tempo integral;
– Ter planos de ir para a faculdade;
– Ter um trabalho remunerado fora de casa;
– Ter um pai que tinha ensinado um outro jovem para dirigir;
– Ter um plano de educação individualizado relacionado com a direção;
Com base na coleta de dados, os pesquisadores pretendem iniciar uma maneira de projetar planos sob medida para  jovens com AAF aprenderem a dirigir.
Entre as recomendações anteriores está incluso o fato de ter terapeutas ocupacionais especialmente treinados na condução da juventude para dar suporte ao processo de aprendizagem.
Este estudo foi publicado no “Journal of Developmental and Behavioral Pediatrics” e pode ser consultado na versão eletrônica da revista.
Fonte: Clique aqui.
Imagem: freefotouk
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Sou terapeuta ocupacional de formação, comunicadora por dom e experiência ao longo dos 10 anos frente ao reab.me; empresária que aposta na produção de produtos e conteúdos significativos e com propósito para ajudar as pessoas que precisam dos cuidado da reabilitação. Editora-chefe do Reab.me. Terapeuta Ocupacional (UFPE) com especialização em Tecnologia Assistiva (UNICAP). Mestre em Design (UFPE). Sou autora de 4 livros de exercícios para estimulação cognitiva que servem como material de apoio em contextos terapêuticos que visam a manutenção ou melhora de disfunções cognitivas. Sendo eles: - 50 exercícios para estimulação cognitiva: o cotidiano em evidência; - 50 exercícios para estimulação cognitiva: a culinária em evidência; - 50 exercícios para estimulação cognitiva: a família em evidência; - 50 exercícios para estimulação cognitiva de crianças com dificuldades de aprendizagem. No mais, sou Ana, esposa de Fábio, mãe de Olga e Inácio. Praticante de meditação e yoga.

5 COMENTÁRIOS

  1. Tenho um filho AutistA, tem 22 anos, adora carros e colecionar modelos de automóveis. Tem jeito de prepara-te para dirigir automóveis ?

    • Oi Jack, tudo irá depender das condições que a pessoa tem para dirigir ou não, converse com o neurologista que o acompanha!!
      Abraços.

  2. Tenho um amigo que eu achava que era autista leve pois ele não gosta de ser tocado nem de tocar em ninguém. Mas ele tirou a habilitação e dirige bem. Minha dúvida é se existe outra doença que a pessoa também não gosta de ser tocado

    • Oi Ana, se você procurar mais sobre o Autismo, você vai entender que ele é um espectro e que depende da junção de algumas características para ser considerado um diagnóstico.
      Um deles pode estar relacionado à hiper ou hipo sensibilidade tátil, relacionada ao toque.
      Se isso está interferindo no cotidiano do seu amigo, é importante que ele busque um equipe de reabilitação para quem sabe, tentar modificar o padrão sensorial. 🙂

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