Nas próximas semanas vou tentar explorar de que forma podemos utilizar os cômodos da casa dos nossos clientes durante o processo de reabilitação.
Como a maioria deles passa a maior parte do tempo no domicílio, orientar o cuidador para que o mesmo possa estimular a participação do cliente nos ambientes deve ser uma tarefa constante.
O que o ambiente tem de bom? E qual a importância de um bom cuidador?
A verdade é: a estimulação cognitiva no dia-a-dia pode ser muito mais simples do que parece. Um ambiente estruturado e organizado e um cuidador bem orientado com vontade e interesse pode fazer da rotina do cliente um processo de estimulação simples, frequente e valioso.
Bem, vamos as dicas.
Escolhi começar pela sala. Por que? Porque é o lugar onde geralmente, durante o dia, queremos que o cliente fique a maior parte do tempo.
Mas como tornar esse ambiente uma fonte rica de estimulação?
- Peça ao cliente que feche os olhos e tente lembrar de todos os objetos que ali se encontram.
- Estimule o uso dos aparelhos eletrônicos. Manusear o controle remoto, colocar um cd no som, colocar um dvd no aparelho…
- Usar o telefone. Que tal colocar na rotina um número de ligações diárias. Ex.: Ligar para o filho pela manhã e para um amigo a tarde. Gente!!! Quantos telefones estão esquecidos em cima de uma mesa, hein?
- Ah! Usar a lista telefônica pode ser uma boa. Procurar nomes de ruas, estabelecimentos.
- Vamos reorganizar os objetos do móvel, da mesa de centro, da cristaleira ( a maioria dos meus clientes idosos tem uma).
- E trocar a lâmpada do abajur? Tarefa difícil, não é?
- Para as mulheres: colocar a mesa na hora do almoço. Ótimo exercício de orientação espacial!!!
- Conversar!!! Estimular o cliente a falar sobre sua vida, suas preferências. Atenção!!!! Sala não é lugar para cochilar.
- Que tal fazer uma parede de fotografias? Eu tenho a minha. Vou postar uma foto aqui para vocês. Pode ser muito interessante.
- Enfim, fazer os exercícios deixados por nós, na mesa de preferência.
Aproveitem as dicas!!!
Aguardo sugestões!!!
Ana Paula
Olá, Ana!! Concordo plenamente o quanto pode ser rico trabalhar com o que é realmente concreto para o paciente…seu ambiente (domicílio, trabalho…). Gostaria de dar uma sugestão…
No item 1, ao explorar os objetos da sala (ou de qualquer outro ambiente), poderemos colocá-lo de costa para o local ou, estando ele na sala questionar sobre objetos do quarto, ou outra região…o ideal é que o paciente ou participante não ficasse de olhos fechados ou vendados para evitar episódios de tontura ou qualquer outro mal-estar!! Bjoss e boa Páscoa!!
Gostei muito da sugestão, nomeando os objetos de cada cômodo e listando vários também é muito bom e adorei sua parede de fotos!
OI ANA, POR FAVOR ME AJUDE SE PUDER, MEU MARIDO É ACAMADO, CONTROLE REDUZIDO DE TRONCO E PESCOÇO, MEXE BEM O LADO ESQUERDO, NÃO TEVE AVC, MAS ESTA NA CAMA , O NEURO PEDIU PARA EU PROCURAR UMA TO, E MELHORAR A PARTE COGNITIVA DO CEREBRO, AQUI NA MINHA CIDADE NÃO EXISTE ISSO, PQ É UMA CIDADE PEQUENA, MEU MARIDO TEM MUITAS LIMITAÇOES, AS VZS NÃO DIZ NADA COM NADA, MAS CONVERSA MUITO BEM, MANTEVE SUA INTECTUALIDADE MAS NÃO COORDENA MUITO BEM AS COISAS, DESESPERADA ENTREI NA NET E ACABEI TE ACHANDO AQUI, VC PODERIA ME ORIENTAR?
EU MESMA PODERIA EXERCITAR E TRABALHAR COM ELE? AGUARDO RESPOSTA
ABRAÇOS ……. GISELE OLVEIRA BELOTTI
Ana, adorei tds as dicas que vc deu, realmente são muito plausiveis e simples de serem aplicadas. Bom alguem pensar em algo que não pensamos. desde já, obrigado. T.O. é atividade, é função e é participação no cotidiano.