Estudo recente publicado no Journal of the American Medical Association (JAMA) Neurology avaliou a eficácia da intervenção clínica de atendimentos individuais de Fisioterapia e de Terapia Ocupacional em pessoas com Doença de Parkinson (DP).
O estudo foi realizado com 762 pacientes com DP de leve a moderada (idade média: 70 anos) no Reino Unido e estes foram acompanhados durante 15 meses. Os pacientes com dificuldades na realização de Atividades de Vida Diária (AVD) foram de forma randômica distribuídos entre os que fariam o acompanhamento da reabilitação (Fisioterapia e Terapia Ocupacional) (n. 381) e os que ficariam sem terapia (n. 381).
Ao longo do estudo foram utilizadas as seguintes escalas de avaliação:
- Nottingham Extended Activities of Daily Living (NEADL)
- Parkinson Disease Questionnaire–39
- EuroQol-5D
O tempo médio de contato com terapeuta foi de 58 minutos e o número atendimentos foi de quatro visitas ao longo de 8 semanas. Aos 3 meses de acompanhamento não foi encontrada nenhuma diferença na pontuação geral do NEADL entre os 2 grupos; os demais questionários, em outras fases da pesquisa, apontaram uma pequena diferença em favor da terapia.
Ao analisar os resultados obtidos na pesquisa, os atendimentos de Fisioterapia e Terapia Ocupacional não apresentaram melhorias clinicamente significativas de imediato ou a médio prazo nas AVD ou na qualidade de vida dos pacientes com DP de leve a moderada.
Esta evidência não suporta todas as formas de intervenção da Fisioterapia e da Terapia Ocupacional, em especial nos pacientes com DP em fase inicial. No entanto, conclui que pesquisas futuras devem explorar o desenvolvimento e testes de programas de tratamento mais estruturados e intensivos em pacientes com todas as fases da DP.
Para acessar o estudo: JAMA
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