Estima-se que um a cada cinco adultos sofra de incontinência urinária. Pessoas que tem que ir ao banheiro a cada dez minutos, que usam absorventes ou coletores, prejudicam suas relações sociais e sua autoestima. A maioria não procura o medico por vergonha, desconhecimento ou porque pensam que é um processo do envelhecimento.
Entretanto, a incontinência, tanto urinária como fecal, dispõe de tratamentos eficazes. A neuroestimulação de raízes nervosas por meio de uma espécie de marcapasso na altura das vertebras sacras é uma das mais novas e consegue melhorar até 80% dos casos graves, de acordo com o que foi colocado em um curso realizado em abril no Hospita Ramón y Cajal de Madrid.
A neuromodulação das raizes nervosas sacras estimula com um eletrodo a raís do nervo que controla os órgão pélvicos. Jordi Montero, neurologista do Hospital de Bellvitge de Barcelona explica: ¨O mecanismo de ação se deve provavelmente a influência na excitabilitade das redes neuronais implicadas no automatismo de movimento ou nos sistemas de memória. Determinadas frequências conduzem a mudanças nos sistemas de controle dos automatismos motores do assoalho pélvico¨.
O procedimento é conposto de duas fases. A primeira se realiza com anestesia local. Com uma agulha e estimulação elétrica se avalia a resposta motora e sensitiva da ¨raíz sacra 3¨, explica Miguel Jiménez Cidre, do Hospital Ramón y Cajal. Quando uma resposta adequada é obtida, coloca-se o eletrodo com uma pilha externa que é levada pelo paciente provisoriamente. Nas semanas seguintes, com o paciente em casa, é realizada uma avaliação da melhoria clínica e da satisfação do mesmo. Entre a terceira e a quarta semana, se a resposta positiva for mantida, implanta-se um gerador interno. Existem dois programadores externos, um para o paciente e outro para o médico e o procedimento é reversível.
Victoria Gómez Dos Santos, urologista da Fundación Hospital de Alcorcón, de Madrid, esclarece que os pacientes não têm que apertar um botão para urinar. ¨Esta intervenção faz com que sua bexiga tenha um comportamento normal, fazendo com que o paciente controle sua bexiga e não o contrário¨, relata.
Ana Paula
Fonte: www.elpais.com