Refletir sobre esta temática, é discorrer sobre este fantástico mundo do faz-de-conta e suas implicações no universo do contexto Infantil.
A partir dos estudos relacionados à temática e das inúmeras questões que circundam a mente dos adultos em relação ao fazer da criança, observa-se uma estreita relação entre a ludicidade e a forma como a criança vivencia o meio em que se encontra inserida, sendo que, neste processo de desenvolvimento cognitivo, a criança apreende novos significados através do simbólico e da mediação realizada pelos adultos.
Desse modo, é valido destacar, que a criança também vivencia diferentes situações e experiências, nos mais diversos contextos, o que oportuniza a mesma uma interação sócio -emocional, estabelecendo relações com o ambiente social que lhe propicie um aprendizado significativo. (VYGOTSKY, 1998).
É nesse sentido, que a ação do brincar e os brinquedos são indispensáveis para o estímulo da imaginação, salientando que, estando na presença de experiências geradas ao longo do desenvolvimento do indivíduo, o mesmo cria condições para reorganizar suas percepções de mundo, dando-lhes significações internas provenientes do meio externo.
O ato de brincar proporciona à criança que está constituindo-se enquanto sujeito social, a oportunidade de viver entre a esfera do prazer e do imaginário, estabelecendo pontes entre o princípio da realidade e do universo imaginativo. Nesse sentido, a brincadeira atrelada ao desenvolvimento infantil, potencializa a maneira como a criança irá compreender o seu meio, ou seja, através do brincar, da capacidade liberativa da imaginação, é que a mesma irá depositar de forma subjetiva e concreta, os seus anseios, suas percepções e conceituações acerca do mundo.
Logo, no processo do faz-de-conta, são manifestados parte do acervo cultural da criança, de modo que a mesma consiga operar em seu universo constitutivo, transcendendo até mesmo os limites da realidade que a cerca. Pode-se concluir, afirmando que a brincadeira do faz- de–conta, constitui-se em um processo fundamental na construção do desenvolvimento infantil, tornando-o mais dinâmico e consequentemente, tende a oferecer maiores condições de apropriação do contexto da criança.
Por fim, a brincadeira e o faz-de-conta permite a aquisição de habilidades psicomotoras, propicia o desenvolvimento cognitivo e torna-se estratégia lúdica no desenvolvimento psicossocial, no qual a criança aprende e imita enquanto brinca, assegurando novas formas de interação com o mundo em que vive. BRINCAR É SINÔNIMO DE APRENDIZADO!
Lorena Leite Psicóloga Infantil, Pedagoga, Psicopedagoga Clínica e Institucional, Bolsista no Grupo de Estudo PIBID em Prática Pedagógica na Educação Infantil – UESB – Universidade Estadual do Sudoeste da Bahia, Pesquisadora do NUPLEI, Núcleo de Pesquisa Núcleo de Pesquisa em Ludicidade e Educação Infantil da UESB. Contato: lorena.leitte@hotmail.com IG: @lorenaleitepsicólogainfantil