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Cozinhar é uma atividade comum (e necessária!!) na vida de todas as casas do mundo inteirinho. Cozinhar é prazeroso? Cozinhar é fácil? Cozinhar é possível quando se tem uma deficiência?

Essas perguntas podem ter várias respostas, mas todas elas podem se resumir a: “depende de quem estamos falando”, afinal, pode ser prazeroso para mim e não para você… pode ser fácil para você e não para sua vizinha… e pode ser mais fácil para uma pessoa com deficiência do que para outras.

A última resposta está 100% influenciada pelo quanto a atividade de cozinhar e as tarefas relacionadas estão adaptadas ao perfil (que chamamos de funcional) da pessoa com deficiência. Quais habilidades preservadas? Quais as comprometidas? Ah, e não se esqueça que tão importante quanto olhar esse tal de “perfil funcional” é saber se a pessoa quer e se interessa em fazer isso! Em muitos casos, depois de adquirir uma deficiência, as pessoas não são incentivadas a retornar essas atividades ou sentem medo de fazê-la, mas aqui vão algumas dicas que podem ajudar as pessoas em questão e seus familiares, amigos a pensarem diferente:

  1. Qualquer pessoa com deficiência pode cozinhar (desde que queira!! e que considere as dicas a seguir..)
  2. Escolha o prato certo para começar!! Os pratos fáceis, com poucas etapas e, obviamente, que a pessoa se interesse em fazer devem estar entre as primeiras opções!
  3. É necessário saber as habilidades preservadas e comprometidas que vão ser usadas para fazer o passo-a-passo do prato.
  4. Tenha objetos de cozinha que possam ser usados com segurança e eficácia pela pessoa com deficiência. O segredo da participação nessa atividade é justamente a adequação dela para a pessoa!
  5. Conhecendo o perfil e definindo o cardápio está na hora de saber quais adaptações são necessárias. Se necessário, use tecnologias assistivas (equipamentos, objetos já adaptados) adequados ao perfil funcional da pessoa.
  6. Preparar o ambiente é tão importante quanto preparar o cardápio, os instrumentos adaptados e conhecer as habilidades da pessoa. Vários elementos devem ser considerados porque podem ajudar ou atrapalhar: a altura da bancada, a cadeira, a iluminação, o som e a segurança!! Segurança é tudo!! E sabemos que a cozinha, bem como o banheiro, são cômodos que apresentam mais riscos.
  7. Tenha paciência porque tudo o que estamos fazendo pela primeira vez precisa de tempo.
  8. Torne esse momento uma oportunidade de cultivo da sensação de autoeficácia da pessoa!! Sempre parabenize e elogie as etapas finalizadas, dê o apoio necessário quando possível e incentive a repetição quando existir um desempenho que não foi satisfatório para a pessoa.
  9. Compartilhe os sucessos!! Chame amigos para os lanches e refeições preparadas pela pessoa ou com a ajuda dela. Tire fotos dos pratos e até compartilhe nas redes sociais, se for o caso! O feedback social positivo para gerar mais engajamento para outros pratos e tarefas do cotidiano!
  10. Procure apoio de um profissional especializado em adaptar as tarefas, um terapeuta ocupacional, para que tudo seja da melhor forma. Às vezes, achamos que nós mesmos podemos resolver, mas existem detalhes (mesmo das atividades cotidianas que parecem mais simples) que só quem estudou muito e se especializou reconhece e sabe trabalhar com eles!

 

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