Pensando que na próxima década cerca 500.000 crianças autistas serão adultos e que não podem ficar em casa para sempre porque precisam viver suas próprias vidas, surgiu um projeto que foi a resposta de pais, pesquisadores e arquitetos: “Advancing Full Spectrum Housing” de Kim Steele e Sherry Ahrentzen que elaboraram diretrizes para projetar casas para adultos autistas.
Um estudo de 2008 mostrou que 79% dos jovens adultos com transtornos do espectro autista continuam a residir com seus pais e a maioria deles nunca procurou um trabalho.
O primeiro empreendimento a acompanhar de perto as diretrizes para esse público, o Sweetwater Spectrum, é uma residência para 16 adultos com Autismo. O projeto inovador é na região vinícola da Califórnia, e as famílias e fundadores esperam fazer do Sweetwater um modelo para experiências afins em todo o país.
Imagine que dia agradável em Sweetwater comece assim: 30 minutos na sala de exercícios. No café da manhã se organize e colete de alguns ovos frescos no galinheiro para cozinhar na cozinha da comunidade. Semeie sementes de tomate em uma estufa para colhê-las depois. E, se é sexta-feira, por que não deixar cair por noite atividade no salão social? Incrível, não? Uma vida com rotina cheia de tarefas e objetivos a curto e a longo prazo.
Sweetwater é composta por quatro estruturas residenciais, espaço de boas-vindas , espaços comunitários e de armazenamento. além de piscina, spas e estruturas associadas. Ainda fazem parte o estacionamento de visitantes, a casa verde e pomar, tudo projetado para ser acessível e adequado para adultos autistas .
É importante dizer que no condomínio existem profissionais que são facilitadores das atividades, pessoas treinadas e conscientes das dificuldades do Autismo.
Estas comodidades são fundamentais para a empresa, disse Deirdre Sheerin. A imagem pública de viver com o Autismo é de letargia e isolamento social, mas tudo em Sweetwater existe para inspirar uma “vida com propósito”.
Quanto aos custos, as famílias contratam atendimentos, como o auxílio 24 horas ou ajuda casual. Segundo Deirdre, todo inquilino assina um contrato de aluguel de 12 meses, pagando aluguel de US$ 650 e taxa de associação, no valor de US$ 2.600 mensais. Ah, mas é importante dizer que existem possibilidades de bolsas, ou seja, pessoas com menos condições financeiras podem aderir ao programa.
O projeto ganhou o apoio da cidade de Sonoma, elogios de autoridades mundiais e reconhecimento do Senado estadual para essa inovadora forma de habitação.
Ah, e recebemos um email de leitor (obrigado pela partilha de informações, Nico Brodnitz!!) com informação para complementar este post: “Existem vários centros, especialmente na Pensilvânia, do movimento internacional de Camphill que presta este tipo serviço. No Brasil também houve um, em Juiz de Fora, nos anos 80, mas ele não consegui se manter por motivos financeiros.”
fonte: www.nytimes.com
Boa noite,sou professora, gosto de trabalhar com crianças portadoras de necessidades especiais….