Temos que incentivar todas as pessoas que sofreram lesões cerebrais a serem independentes e autonômas, disso já sabemos. No entanto, muitas vezes, familiares ficam perdidos ao perceberem que a forma de realizar as atividades não é mais a mesma, especialmente as básicas do cotidiano (que chamamos de AVD – atividades de vida diária). Sendo assim, como incentivar a realizar uma tarefa, como o vestir, com essa nova condição???
Diante de uma lesão cerebral, como um AVC, a pessoa conta com limitações de movimento e até sensoriais (sensações alteradas), e isso leva a ter que realizar as AVD, como o vestir, de uma forma diferente, adaptada. Ou seja, é sim possível ter indepedência em toda a atividade, ou pelo menos, em parte dela, basta saber como fazer de forma segura e eficaz.
Assim, dedicamos esse post a ensinar como uma pessoa com uma hemiparesia (comprometimento de todo um lado do corpo) pode se vestir:
Parte superior:
Camisa.
A pessoa deve estar sentada. A camisa deve ficar desdobrada e estendida sobre uma superfície na frente da pessoa ou em seu colo. A etiqueta sinalizará que as costas da camisa devem ficar voltadas para o paciente. Deve-se estimular que o tronco fique ligeiramente para frente, assim se favorece a extensão do braço e se evita que a pessoa caia para trás. O braço a ser vestido primeiro é o do lado da hemiparesia. A manga da blusa é colocada na mão e, em seguida, o braço é vestido até, aproximadamente, a altura do ombro, quando se deve colocar a cabeça por dentro da blusa (sem colocar a cabeça para fora da camisa). Nesta etapa, o braço são é colocado na camisa e, em seguida, a cabeça na abertura correspondente a mesma. Para terminar, se ajeita a camisa em toda sua extensão, tronco, gola…
Casaco.
Também com a etiqueta virada para o paciente, começa-se colocando o braço afetado na manga correspondente até a altura do ombro. Na continuação o paciente localiza a outra manga, coloca o braço são. São necessários algumas “sacudidas” para que a manga entre por inteiro. Por fim, se acomoda todas as partes do casaco.
Abaixo vocês podem assistir o vídeo da “Red Menni de Dano Cerebral” que ilustra exatamente o que explicamos acima:
Esperamos que tenha sido útil! =)
Para quem está procurando mais posts com temas relacionados, nós sugerimos alguns: – Adaptação de baixo custo para abotoar camisa – Estratégias para trabalhar o vestir – Vestir na doença de Parkinson: parte 1 e parte 2. – Sugestões sobre roupa e sobre o vestir na doença de Alzheimer.Imagem destacada: Jamelah
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Adorei… mto instrutivo.
excelente esse site 🙂
Prezada Ana, muito instrutivas as matérias, obrigada.
Li o livro da Jill Taylor e agora vê-la dando essa palestra foi emocionante.
Minha mãe (86 anos) teve AVC, e enxerga muito pouco, mas continua alegre e lúcida. Pelo tato ela escolhe a roupa que quer vestir, e observando isso entendi o motivo e ela tem toda razão ( precisa ter abertura frontal, com tecidos elásticos, tecidos em algodão etc..). No entanto tenho dificuldade em encontrar, roupas e acessórios como touca de banho para não cair shampoo nos olhos, existe alguma loja especializada nessa área?
Obrigada
Ione