Cuidador na doença de Alzheimer: reconheça um cuidador desqualificado

3219

Em post anteriores, falamos de cuidadores qualificados. O que eles devem ter, como devem se comportar e o que devem saber (leia aqui e aqui). No entanto, neste post resolvemos falar do inverso, dos sinais de alerta que mostram que o cuidador ainda precisa ser mais orientado, precisa de mais conhecimento para cuidar, ou até, não tem perfil para cuidar!

Sendo assim, vamos aos sinais de alerta para reconhecer um cuidador destreinado:

– Não são capazes de salvaguardar a integridade dos pacientes e assegurar a satisfação das suas necessidades, de acordo com suas habilidades emocional, espiritual, familiar, social, econômica, física e psicológica.

– Diante dos sinais da doença do paciente, o cuidador fica surpreso.

– Confrontado com a perda de memória do paciente, há aumento do estresse e baixo nível de tolerância com as perguntas frequentes do paciente.

– Ficam impactados porque o paciente não é mais capaz de executar tarefas simples.

– Eles se sentem impotentes para entender o comportamento do paciente.

– Se sente inseguro e  com medo, sem saber como lidar com os sintomas.

– Vivem com a incerteza quanto suas ações, se são ou não adequadas para o seu paciente.

– Eles se sentem mal sobre alegações de roubo e perda de objetos de seus pacientes.

– Associam constantemente os sintomas da doença à sintomas da velhice.

– Dadas as mudanças de personalidade, memória, comportamento, esses cuidadores impacientemente enfrentam seus pacientes, levando à fadiga, a discussões e alteração de humor de seus pacientes.

– Tornam-se irritados quando o paciente não quer dormir; não sabem o que fazer com os distúrbios do sono.

– Temem os estágios avançados da doença quanto a higiene e o auto-cuidado porque eles não são treinados.

– No tempo livre esses cuidadores não fazem nada com seus pacientes ou nunca variam as atividades.

– Durante a mobilização inadequada (na hora de levantar, por exemplo) podem ocorrer lesões, como fraturas nos pacientes, porque os cuidadores não sabem como mobilizar.

– Não têm conhecimentos de primeiros socorros, diante de uma emergência geram mais estresse.

Fonte: alzheimeruniversal.eu 
Imagem: edyourdon
Artigo anteriorDica de aplicativo para iPad para reabilitação e estimulação de crianças: Meu Primeiro Tangram
Próximo artigoAtividade com origami na reabilitação
Sou terapeuta ocupacional de formação, comunicadora por dom e experiência ao longo dos 10 anos frente ao reab.me; empresária que aposta na produção de produtos e conteúdos significativos e com propósito para ajudar as pessoas que precisam dos cuidado da reabilitação. Editora-chefe do Reab.me. Terapeuta Ocupacional (UFPE) com especialização em Tecnologia Assistiva (UNICAP). Mestre em Design (UFPE). Sou autora de 4 livros de exercícios para estimulação cognitiva que servem como material de apoio em contextos terapêuticos que visam a manutenção ou melhora de disfunções cognitivas. Sendo eles: - 50 exercícios para estimulação cognitiva: o cotidiano em evidência; - 50 exercícios para estimulação cognitiva: a culinária em evidência; - 50 exercícios para estimulação cognitiva: a família em evidência; - 50 exercícios para estimulação cognitiva de crianças com dificuldades de aprendizagem. No mais, sou Ana, esposa de Fábio, mãe de Olga e Inácio. Praticante de meditação e yoga.

1 COMENTÁRIO

  1. Não é possivel encontrar um GUIA DE FORMAÇÃO para cuidadores/acompanhantes de doentes? Auxiliares de ação médica em hospitais, muitas vezes são pessoas sem curso específico, com formação académica a nivel de 9º ano de escolaridade, que foram treinados nas instituições sobre manipulação de doentes, métodos de abordagem verbal, primeiros socorros, etc. É dificil encontrar um cuidador com conhecimentos e existem muito poucos locais com pessoal preparado específicamente para esses doentes. Procuro uma casa de 3ª idade para mim, mas já percebi que não convém dizer que tenho um provável diagnóstico de alhzeimer, porque isso assusta. Estou a equacionar manter-me em casa com a minha empregada, mas como profissional de saúde que fui, poder orientá-la na forma de lidar com uma fase um pouco mais avançada da minha doença. Como sou diabética, com DPOC, não devo chegar a fase terminal.

Deixe um comentário para MANUELA PINTO Cancelar resposta

Please enter your comment!
Please enter your name here

Esse site utiliza o Akismet para reduzir spam. Aprenda como seus dados de comentários são processados.