Como falar com uma pessoa cega sem medo! Dicas úteis para socializar

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Este post vai fornecer informações e ensinar algumas técnicas simples sobre o que fazer quando conhecer e interagir com uma pessoa que é parcialmente ou completamente cega.

Qual a melhor maneira de falar com uma pessoa cega?

Falando como você falaria como qualquer outra pessoa!! Se você quiser oferecer ajuda a uma pessoa com deficiência visual, seja respeitoso e educado. Muitas vezes, as pessoas bem-intencionadas não sabem como fazer falam baixo ou se dirigem ao acompanhante da pessoa com deficiência visual. Fale diretamente com a pessoa e não com quem a está acompanhando. Não há necessidade de alterar a voz, não fale mais baixo ou levante a sua voz. Use, expressões naturais, normais. Você pode conversar sobre qualquer coisa, as pessoas com deficiência visual também assistem TV, gostam de passear, viajar, ler… Enfim, o mais importante: seja você mesmo!!

Como ajudar uma pessoa cega que precisa de assistência?

Se você perceber que alguém precisa de ajuda, não hesite em perguntar. Algumas pessoas podem não estar dispostos a aceitar, mas muitas ainda serão gratas pela sua disposição.
Quando uma pessoa cega precisa de orientação, ofereça seu braço como um método de orientar o caminho que eles devem ir. Deixe que a pessoa segure o seu braço, logo acima do cotovelo. Não deixe-a antes de você e a empurre. Lembre-se, você está guiando, e não o contrário. Caminhe meio passo à frente da pessoa e gentilmente deixe a pessoa saber se você estiver se aproximando de uma parada ou um obstáculo. Estabeleça um ritmo confortável para ambos. Nunca agarre, empurre ou puxe a pessoa sem alertá-la de sua intenção. Isso é além de ofensivo, perigoso.
Lembre-se de indicar “à sua esquerda” ou “à sua direita”, conforme necessário.

Como você pode ajudar alguém que é cego na hora de subir ou descer escadas?

É simples, pergunte se a pessoa quer ajuda. Se a resposta for positiva… Indique onde o corrimão está localizado e pergunte se a pessoa gostaria de assistência. Diga: “Vamos subir ou descer escadas” e comece. O movimento na escada deve feito de forma direta, não faça ângulos na hora de subir ou descer. Faça uma parada antes as escadas. Deixe a pessoa saber que você está se aproximando do começo ou do fim da escada. Como sempre, fique um passo completo à frente em todos os momentos.

Como interagir com alguém que está acompanhada por um cão guia?

Se a pessoa está acompanhada por um cão guia, lembre-se que o animal está “trabalhando”. Nunca acaricie, converse ou alimente um cão guia sem pedir primeiro ao dono e não se sinta insultado se a permissão for recusada. O cão está trabalhando! Não desviar a atenção do animal, bem como mantê-lo estado de alerta é fundamental para a segurança de quem ele está acompanhando.
Em geral, tente minimizar o contato físico com o cão guia.

Quando eu chego em um lugar e tem uma pessoa cega sozinha, o que devo fazer?

Inicie a conversa, identificando-se e use um tom de voz normal. Apresente-o a qualquer outra pessoa que esteja com você, seja natural, seja você mesmo sendo acolhedor e convidativo. Certifique-se de a pessoa saiba quando você está saindo da sala ou área, especialmente em um ambiente barulhento ou lotado.

Qual a melhor forma de agir quando estou com uma pessoa cega em um restaurante?

Pode ser útil você identificar objetos em cima da mesa, como óculos, flores e utensílios de cozinha. Educadamente pergunte se seria útil se você ler o menu ou os preços. Alguns restaurantes podem não oferecer menus em Braille – basta perguntar. Se ele ou ela não tem perceber quando a comida chegar, avise e, se necessário, avise também que tudo está sobre a mesa. Um método fácil é usar o “método do relógio”, indicando onde as coisas são como se olhasse para os ponteiros de um relógio. Por exemplo, a bebida está à 1 hora, etc.

Como interagir com a pessoa que é cega e surda?

Como de costume, faça como faria com qualquer outra pessoa. Não seja condescendente ou paternalista. Bata levemente no ombro para obter a atenção da pessoa. Aborde a pessoa diretamente. Um método de comunicação é usar dedo indicador para escrever as letras sobre a mão da pessoa, segurando-a. Desenhe as letras maiúsculas na palma da mão para soletrar palavras. Alguns indivíduos podem oferecer o antebraço para esse fim.
Não suponha que todos os indivíduos surdos sabem linguagem de sinais. Alguns terão audição residual e podem falar bem. Descreva as coisas que estão acontecendo ao seu redor. Além disso, lembre-se de descrever as coisas que estão prestes a ocorrer.
Se um intérprete de linguagem gestual está com a pessoa, dirija a sua conversa para a pessoa e não para o intérprete.
Certifique-se de deixar a pessoa saber quando você entra ou sai do ambiente.

Esperamos que estas informações sejam úteis e sirvam como um ponto de partida para a socialização com os cegos ou deficientes visuais em qualquer grau. Apenas lembre-se SEMPRE de ser você mesmo, ofereça assistência, quando achar necessário, e seja respeitoso.

Todas essas informações foram retiradas do guia “Etiquette for Working and Socializing with People Who Are Visually Impaired or Blind” desenvolvido pela Chicago Lighthouse.

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Sou terapeuta ocupacional de formação, comunicadora por dom e experiência ao longo dos 10 anos frente ao reab.me; empresária que aposta na produção de produtos e conteúdos significativos e com propósito para ajudar as pessoas que precisam dos cuidado da reabilitação. Editora-chefe do Reab.me. Terapeuta Ocupacional (UFPE) com especialização em Tecnologia Assistiva (UNICAP). Mestre em Design (UFPE). Sou autora de 4 livros de exercícios para estimulação cognitiva que servem como material de apoio em contextos terapêuticos que visam a manutenção ou melhora de disfunções cognitivas. Sendo eles: - 50 exercícios para estimulação cognitiva: o cotidiano em evidência; - 50 exercícios para estimulação cognitiva: a culinária em evidência; - 50 exercícios para estimulação cognitiva: a família em evidência; - 50 exercícios para estimulação cognitiva de crianças com dificuldades de aprendizagem. No mais, sou Ana, esposa de Fábio, mãe de Olga e Inácio. Praticante de meditação e yoga.

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