Características faciais podem ser sinais de Autismo

22011

Como as crianças com Autismo diferem daquelas sem o transtorno? Nos comportamentos sociais seria a resposta mais popular para esta questão, a maioria das pessoas referiria exemplos como: “evitar contato com os olhos ou ignorar o tom de voz”. Mas pesquisas recentes lançam luz sobre uma diferença mais sutil: as características faciais.

Cientistas da Universidade de Missouri descobriram que crianças com Autismo compartilham certas características faciais que as distinguem de outras crianças. A autora do estudo Dra.Kristina Aldridge, professora assistente de Anatomia da Universidade de Missouri School of Medicine, disse em uma declaração por escrito. “Se pudermos identificar quando essas mudanças faciais ocorrem, podemos identificar quando o Autismo começa a se desenvolver em uma criança.”

Para o estudo, publicado na edição de 14 de outubro na Molecular Autism, os pesquisadores compararam as características faciais de 64 meninos com Autismo com rostos de 41 meninos com desenvolvimento típico, todos entre os 8-12 anos de idade, usando um comum sistema de câmera 3-D. Depois de mapear 17 pontos no rosto, os pesquisadores descobriram diferenças significativas entre os dois grupos.

A imagem de destaque deste post mostra os 17 pontos  usados para considerados para essa caracterização facial.

O estudo verificou que crianças com Autismo têm a parte superior do rosto mais larga, incluindo os olhos afastados. Eles também têm uma região mais curto da face média, incluindo o nariz e bochechas.

A boca dessas crianças é maior (ou mais larga) e esse padrão se manteria no sulco que temos abaixo do nariz e acima do lábio superior.

Esta foto usada abaixo é de uma criança com Autismo que não participou do estudo. Ao ver a foto o Dr. Aldridge observou que ele tem os olhos característicos e  a testa larga.

O estudo também verificou que crianças que apresentavam esse traço de forma mais acentuada apresentavam traços comportamentais e distúrbios de linguagem mais severos.

Fonte: CBSNews

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Sou terapeuta ocupacional de formação, comunicadora por dom e experiência ao longo dos 10 anos frente ao reab.me; empresária que aposta na produção de produtos e conteúdos significativos e com propósito para ajudar as pessoas que precisam dos cuidado da reabilitação. Editora-chefe do Reab.me. Terapeuta Ocupacional (UFPE) com especialização em Tecnologia Assistiva (UNICAP). Mestre em Design (UFPE). Sou autora de 4 livros de exercícios para estimulação cognitiva que servem como material de apoio em contextos terapêuticos que visam a manutenção ou melhora de disfunções cognitivas. Sendo eles: - 50 exercícios para estimulação cognitiva: o cotidiano em evidência; - 50 exercícios para estimulação cognitiva: a culinária em evidência; - 50 exercícios para estimulação cognitiva: a família em evidência; - 50 exercícios para estimulação cognitiva de crianças com dificuldades de aprendizagem. No mais, sou Ana, esposa de Fábio, mãe de Olga e Inácio. Praticante de meditação e yoga.

9 COMENTÁRIOS

  1. foram poucas criancas analisadas e provavelmente da mesma regiao
    levando que o autismo eh uma caracteristica genetica outras caracteristicas podem ser carregadas entre as pessoas da regiao como por ex o formato do cranio

  2. Nada a ver essa matéria. Não se pode generalizar. Tenho um filho autista e nenhum especialista conseguiria diagnosticá-lo pela aparência facial. E olha que meu filho tem autismo severo.

    • Olá Vanessa, realmente, não devemos generalizar, por isso colocamos aqui que “podem ser sinais”, o post foi baseado em artigos que ainda estão sendo estudados, vamos ver se eles conseguem criar uma tecnologia tão eficiente assim, né?

  3. Eu acredito que meu filho de 3 anos tenha algum traço de autismo ele tbm tem NF1
    tinha colocado ele na escola pra analisar melhor o desenvolvimento dele mas com essa pandemia estamos meio perdido em relação a tudo

  4. Quanto mais estudos melhor. Lembro que quando tive meu filho ninguém falava em autismo eu era muito jovem, mas havia ajudado a criar 5 irmãos e notava que o desenvolvimento do meu filho estava atrasado. Apesar de ser uma criança feliz e sorridente com os adultos, era solitário e sério quando de outras crianças. Percebi logo cedo também que ele se apavorava quando eu não estava por perto e tinha que ter alguém que o embalava fosse tia ou tio ou avós, eles me ajudaram muito a transmitir segurança. Espero mais estudos para que possa haver intervenção mais cedo e eles possam desenvolver melhor suas potencialidades Parabéns.

  5. Percebo uma diferença no formato dos olhos do meu filho de 14 anos que tem diagnóstico do espectro autista desde os 02 anos de idade, precisamente síndrome de Asperger mais TDAH.
    Inclusive achei essa matéria aí tentar buscar explicação para essa característica que percebo desde recém nascido e que ninguém da família apresentou. Achei interessante e acho que tem a ver sim.

    • Oi Aline, você já o levou a um oftalmo? Ele pode te falar melhor sobre a característica dos olhos dele.
      Atualmente não temos evidências científicas sobre a relação entre o formato dos olhos e o TEA.

    • Olá Frederico, compreendo o que você nos disse.
      Este post foi baseado em um estudo científico publicado em Outubro de 2011 na revista “Autismo Molecular”.

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