Atividades terapêuticas para os idosos: como usar os objetos que tenho em casa?

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Na postagem anterior falamos sobre os materiais que irão ajudar o idoso a ter melhor desempenho nas atividades escritas. Falamos de quais materiais e que características eles podem ter para apoiar o idoso na hora de ter o melhor desempenho possível nessas tarefas.

Os objetos da casa que podem ser usados para fazer as atividades terapêuticas é o foco nesta postagem que visa deixar claro que o ambiente domiciliar pode ser muito rico para o idoso. Usar os objetos da casa é muito significativo. Envolve valorização e apropriação por parte do idoso, e até ressignificação de quem cuida para o potencial “terapêutico” desses objetos que podem parecer tão comuns e sem importância para uma rotina de cuidados que visa ser gentil e estimular o cérebro do idoso.

Essa gentileza é fundamental nesse processo de cuidado com o idoso, se quiser ler mais sobre isso, clique aqui!

Quando falamos de objetos de casa, queremos que o cuidador entenda que eles podem ser o mobiliário, objetos de decoração, objetos comuns ao funcionamento da casa e as atividades que acontecem nela. Dentro de uma casa tudo tem um motivo de estar ali; mesmo os objetos que pensamos em doar ou que precisamos descartar, tiveram uma história grande ou pequena e que pode servir de motivo de conversa.

Aqui é importante chamar atenção para a expressão “motivo de conversa”. Não queremos inibir o idoso com uma série de questionamentos que parecem mais uma prova, que uma conversa. Caso o idoso seja acompanhado por um terapeuta, peça orientações de como estimular a memória com gentileza. Lembre-se que gentileza é uma demonstração de amor, e uma série de perguntas, tipo “Você lembra quem te deu esse anel?” , pode ser algo que deixe o idoso entristecido por não lembrar.

Como você pôde perceber, tudo em uma casa têm uma história. O que vamos tentar é identificar o que também têm significado. Afinal, o significado funciona como uma âncora para as lembranças, ajudando que elas permaneçam no cérebro. Para identificar os significados você pode considerar o destaque que esse objeto tem na casa, tipo um quadro, ou se ele envolveu um momento especial, tipo uma fotografia de casamento. Nesse processo de identificação a família do idoso pode ajudar muito.

Uma questão que é essencial nesse uso dos objetos de casa é a segurança. É seguro que o idoso manipule aquele objeto ou para acessar o objeto ele precisa subir em algo ou se manter em uma posição desconfortável ou que ele pode cair. Sempre que possível esteja atento a essas questões que envolvem segurança.

O melhor aproveitamento dos objetos da casa para se transformarem em estímulos que tragam felicidade e bem-estar envolve também uma variável importante: escuta e tempo. Não precisamos apressar o pegar, olhar e pensar sobre aquele objeto; precisamos dar ao idoso o que ele precisa que é tempo.

Existe um outro fator importante, converse com o idoso sobre as características do objeto, estimule-o a falar sobre o que é, quando foi, a história com pessoas, lugares e lembranças que envolvem o objeto. Se você tiver informações sobre os objetos fale também. Se mostre interessado em dizer o que sabe e em escutar o que ele lembra e o que aquilo significa.

No próximo post queremos falar dos ambientes da casa, as características que o ambiente deve ter para tornar as atividades melhores aproveitadas!

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