A acessibilidade universal busca garantir que o ambiente é acessível e compreensível para qualquer pessoa. Sendo assim, qualquer pessoa pode participar e estar presente de forma autônoma e independente com suas habilidades, necessidades ou expectativas.

Para chegar à acessibilidade universal é necessário haver acessibilidade física, sensorial e cognitiva. A acessibilidade cognitiva a mais “discreta” entre as três, pela sua “invisibilidade”, é a mais importante para pessoas com Transtorno do Espectro Autista (TEA).

A acessibilidade cognitiva está relacionada com a compreensão do ambiente. Logo, entende-se que o ambiente é acessível cognitivamente quando a pessoa compreende, conseguindo interpretar as informações e dominando a comunicação que ocorre naquele meio, podendo assim realizar facilmente as atividades desenvolvidas nele.

No caso das pessoas com TEA, as barreiras cognitivas que são impostas pela sua interação com o ambiente, ocorrem não apenas pela dificuldade de compreensão das informações, mas também passam pela orientação temporal e pela antecipação do que irá acontecer naquele meio.

Pensando nessas barreiras cognitivas, a Autism Spain lançou uma campanha online, com quatro estratégias para a adaptação do ambiente que podem ser aplicadas no espaço físico, em produtos ou serviços:

  1. Melhor Sinalização de Espaços Públicos: A utilização de imagens ou pictogramas que sejam simples e claros, favorecendo  circulação segura e autônoma ajudando pessoas com dificuldades de comunicação, permitindo que encontrem o que procuram facilmente.
  2. Leitura Fácil: É a utilização da técnica de edição para pessoas com dificuldades de compreensão de leitura. Para tal, é necessário ter conhecimento quanto ao conteúdo dos textos, ao tipo de linguagem e o formato eleito.  O conteúdo deve ser direto, centrado na informação principal e com uma sequência lógica. A linguagem precisa ser clara e  sucinta, evitando termos abstratos. O formato da letra deve ser grande com frases curtas e margens amplas.
  3. Design Responsável: As Tecnologias de Informação e Comunicação (TICs) devem abordar um design que favoreça a usabilidade em pessoas com TEA.
  4. Aplicativos: Desenvolvimentos de aplicativos que sejam apropriados para pessoas com TEA, que a ajudem a ser mais independente e autônoma nas suas atividades da vida diária.

Adaptar o design dos ambientes (físico e virtual) para favorecer as necessidades e habilidades das pessoas, neste caso as com TEA, significa melhorar a autoestima, o desempenho e bem estar, promovendo a inclusão e a participação da sociedade.

Imagem: Freepik

1 COMENTÁRIO

  1. Olá Yanne Sobel!
    Sou Ubiratan Arrais, professor. Estou desenvolvendo um trabalho com meus alunos do Ensino Superior sobre Acessibilidade e autismo. Você poderia compartilhar comigo quais autores tratam sobre a acessibilidade cognitiva?
    Muito obrigado.

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