Pesquisando, achamos o “top ten” sugerido pelo site Alzheimer Argentina quando o assunto é o cuidar, e vamos comentar sobre eles (sintam-se à vontade para também dar suas opiniões, claro).
1. O cliente deve ser acompanhado nas 24 horas do dia
Sabemos o quanto é importante a supervisão ou a ajuda durante a execução de tarefas das atividades de vida diária e instrumentais de vida diária para o cliente com Alzheimer, mas devemos sempre ter em mente que isso não quer dizer subestimar as capacidades do cliente e até impedí-los de realizar tarefas da forma mais independente possível.
2. O paciente não deve sair sozinho
Apesar dessa sugestão ser o máximo do ideal, não é tão fácil conseguir que alguns clientes aceitem isso no início da doença, especialmente, aqueles que quando adulto jovens foram independentes e sempre auto-suficientes.
O que sempre sugere-se às famílias, é que isso seja feito de uma forma bem “discreta”, colocando para o cliente que quer fazer companhia a ele e não supervisioná-lo. Essa estratégia funciona na maioria das vezes e, principalmente, com aqueles que têm uma boa relação com a família.
3. Cuidado com eletrodomésticos e com o gás
Esse tópico tem relação com o item 1 que comentamos. A própria casa do cliente com seus objetos (fogões, ventiladores, etc.) pode ser cada vez mais um desafio cognitivo para o desempenho, e até um risco a sua integridade física.
4. O paciente não deve lidar com as drogas ou venenos
As medicações e todas as substâncias tóxicas ou venenosas devem ser colocadas fora do alcance do cliente e devem ser manejadas por alguém que saiba administrá-los. Uma forma de conseguir fazer isso sem entrar em “choque” com o cliente é usando a “desculpa”que quer participar, nunca fazendo referência à sua capacidade.
5. Ter cuidado com objetos cortantes, afiados e água quente
Sabemos que esses objetos existem em casa por diversas razões e, muitas vezes, são necessários para que as tarefas em casa sejam realizadas. Se o cliente no desempenho de suas tarefas do cotidiano tem contato com esses itens, procure a ajuda de um terapeuta ocupacional que possa ajudar na substituição, se for o caso, pois assim o cliente continuará a participar das atividades só que diminuindo seu risco.
6. O cliente não deve dirigir
É sabido que alguns clientes em fase inicial de Alzheimer dirigem, mas é sabemos (muitos artigos que tratam sobre as questões espaciais nessa doença) que funções imprescindíveis a atividade de dirigir estão prejudicadas e, logo, prejudicam o desempenho máximo dos clientes. Sempre pense sobre as alternativas de transporte que não prejudiquem a socialização.
7. Janelas e varandas também merecem atenção redobrada
Há quem coloque limitadores de abertura nas janelas e varandas, em especial, para aqueles clientes com comorbidades associadas, como depressão ou com sintomas comportamentais.
8. Não repita a má notícia
Que má notícia? – você poderia questionar. Qualquer uma. O cliente com disfunção cognitiva avançada não vai lembrar, mas ele vai ficar aflito por receber aquela notícia. Tenha, o que chamamos aqui no Brasil, “jogo de cintura”, saiba desviar a atenção do assunto ou dar uma resposta que seja aceita naquele momento.
9. Incentive o cliente a manter suas habilidades diárias
Por maior que seja a vontade de demonstrar o carinho e de ter cuidado com o cliente, não tire dele a oportunidade de participar das atividades. Converse muito com a equipe que acompanha seu cliente, em especial com o terapeuta ocupacional, que lida e trabalha com as atividades de vida diária e instrumentais (aquelas mais complexas, como operar um caixa eletrônico). Esse profissional pode ajudar bastante no processo de manter o cliente ativo e participativo dentro das suas possibilidades cognitivas.
E, finalmente…. 10. Estimule o interesse e a participação do cliente com o ambiente que o cerca
Em todas as fases da doença isso é bastante importante, incentive o cliente a participar de conversas, de momentos familiares e de situações sociais para que ele se sinta bem e para que o cérebro dele seja estimulado e, da forma dele, “lute contra” o avanço da doença.
Alguém tem algo a acrescentar?
ola meninassss…adorei o topico…aproveito para dar a indicação do livro Reabilitação da Memória – Integrando Teoria e Prática!!! estou lendo e estou achando o maaaaximo….tipo a cara do site!!!!:D
bjossss
Para aqueles que ainda estão no início do processo de declinio, pedir que lhe ensine algo, como um ponto de bordado, trico, uma receita, ou mesmo que faça a sobremesa do domingo, é muito gratificante para o doente, alem de ser também estimulante da memoria.
Fiz isso com minha tia e foi ótimo. Fez um sorvete e um paté delicioso no fim de semana.
Quando o afeto está envolvido fica melhor ainda. Principalmente em hospitalização por longo prazo. Certa vez fiz com meu pai (que já faleceu) de ir anotando as “loas” que ele costumava cantar pra gente. Ele contou também sobre remédios caseiros da mãe dele. E foi fiando histórias…seus olhos brilhavam. Foi um resgate para ele e para mim. E hj tenho anotado e… na minha memória afetiva.
Bom trabalho de resgate para todos. bjs