Existem algumas atividades dentro de casa que parecem de simples execução, mas para algumas pessoas com deficiência podem ser muito desafiadoras. As Smart home (ou Casas Inteligentes) vieram para revolucionar esta realidade.

Elas são basicamente tecnologias caracterizadas por dispositivos e/ou sistemas que automatizam algumas tarefas domiciliares. São exemplos o controle de alguns ambientes (iluminação, som, portas), suporte e rastreamento de algumas atividades, sempre tendo em vista a segurança e saúde da pessoa de forma remota (à distância) e privada, mas tudo muito bem pensado e baseado na necessidade específica de cada indivíduo.

Já tem algum tempo que as casas inteligentes vêm se tornando conhecidas, mas ainda não tão populares quando falamos em custos e operacionalização. Na Austrália já existem alguns programas que possibilitam a adesão do sistema, onde o acesso a tecnologia e a conexão de internet para pessoas com deficiência são facilitadas.

Um artigo publicado na Disability and Rehabilitation: Assistive Technology traz os benefícios e desafios das tecnologias para a independência, participação e qualidade de vida de pessoas com deficiência e necessidades mais complexas.

No artigo ao examinar as tecnologias isoladamente, alguns usuários relatam que com o uso de assistente de voz, por exemplo, eles conseguiram melhorar a organização e gerenciamento do tempo. No entanto, outros descreveram que o uso nesse formato de voz causa um estranhamento com a sensação de “perda do controle” ou autonomia, levando a frustração. Essa perspectiva deixa claro que cada tecnologia deve ser pensada isoladamente baseada na experiência e experimentação de cada usuário.

Porém, mesmo com a divergência de opiniões sobre o uso das tecnologias, os profissionais da saúde relatam que a qualidade de vida relacionada à saúde se mostrou melhor após implementação das novas tecnologias de assistência, tendo resultados positivos a longo prazo em seus domínios, qualidade de vida, autoestima, senso de competência, utilidade e adaptabilidade, aumentando seu desempenho nas atividades de vida diária e de participação social.

São diversas as opções de tecnologias listadas no estudo, estas vão desde uma lâmpada que acende automaticamente quando o idoso levanta durante a noite, até pequenos robôs que dispensam e lembram o horário para cada medicação.

Outro ponto que vale destaque é sobre a afirmação dos cuidadores sobre os benefícios da implementação das tecnologias na rotina, relatando que estas diminuíram a sobrecarga física e de tempo, além da sensação de um senso de controle, permitindo que eles relaxassem fazendo uso das tecnologias remotas de monitoramento visando a segurança principalmente de pessoas com alguma deficiência intelectual.

“No geral, as tecnologias de casa inteligente e comunicação servem para beneficiar seus usuários e impactar positivamente levando a uma variedade de resultados.” diz o estudo. Uma maior independência e participação foram notadas como resultados importantes do uso de tecnologia por vários autores.

Para acessar o estudo completo, clique aqui.

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