Estudo publicado na Revista Psicologia: Teoria & Prática analisou a produção científica sobre o uso de substâncias psicoativas, bem como as condições sociodemográficas e clínicas de idosos.
Acredita-se que conhecer o perfil sociodemográfico dos dependentes químicos seja fundamental para uma melhor assistência, prevenção de casos novos/recaídas e tratamento dos já existentes.
Estudos apresentam predominância de idosos do sexo masculino e de baixa escolaridade, especialmente no que se refere ao consumo de drogas ilícitas. No entanto, os níveis educacionais têm vindo a aumentar. A desocupação laboral, ou seja, não trabalhar também foi evidenciado confirmando outras pesquisas.
O consumo de drogas ilícitas tem sido associado ao grupo dos indivíduos não casados e que moram sozinhos. Já outro estudo referiu que esses indivíduos vivem mais sozinhos do que os consumidores mais jovens, o que pode ter relação com o próprio avanço da idade. Os resultados apontam para a alta prevalência de condições patológicas orgânicas e psíquicas, tal como referido em outro estudo, destacando-se as doenças infeciosas e a depressão maior.
O álcool continua a ser a droga mais comumente usada, no entanto, o consumo tem vindo a diminuir, ao contrário do que se observa em relação às substâncias ilícitas. Não parece existir unanimidade acerca da substância ilícita mais utilizada, e essa varia possivelmente devido aos diferentes tipos de coleta de dados e dos locais nos quais as amostras foram obtidas. Há um destaque para os policonsumos, ou seja, o consumo simultâneo de várias substâncias ilícitas, e também se realça sua combinação com álcool e tabaco; no entanto, o uso de nicotina não costuma ser documentado em parte dos estudos.
Para mais informações, leia o artigo: Uso de substâncias psicoativas em idosos: uma revisão integrativa. Revista Psicologia: Teoria & Prática. maio-ago. 2017.