Passeios terapêuticos recomendáveis, principalmente, quando queremos colocar os clientes em situações “reais” e não-controladas (ou seja, com toda a quatidade de estímulos que as situações reais possuem). Claro que nós (terapeutas) podemos “controlar” as situações e direcionar os clientes para aspectos trabalhados na terapia (por isso se chama: passeio terapêutico).
A praia pode ser um lugar escolhido para o passeio terapêutico e nele podemos orientar o cuidador (concomitante ao trabalho do cliente) para:
– “Usar” o caminho: chamar a atenção do cliente para o caminho em que está se fazendo; o que devemos fazer para chegar onde queremos; locais que o cliente conhece e o que fica perto dali;
– “Usar” o local: relembrar momentos que passou ali; identificar a função de alguns objetos; estimular a autonomia (as decisões sobre o que quer fazer); ensinar o cuidador a adaptar as situações para manter o cliente funcional; estimular o senso de auto-eficácia e as habilidades preservadas do cliente.
Em muitos desses locais, como a praia, pode-se estimular a escolha da roupa adequada para esta situação e até a inclusão desses passeios na rotina do cliente com disfunção cognitiva, que muitas vezes fica prejudicada pelas deficiências cognitivas que interferem no funcionamento do cliente nos diferentes contextos.
Ana K.