Pesquisadores do National Cheng Kung University, na China, descobriram que pessoas com Parkinson podem se beneficiar de terapias baseadas na realidade virtual. Os resultados mostram que a realidade virtual e exercícios físicos reais podem ser usados para fornecer estímulos eficazes para aumentar a velocidade do movimento em pacientes com a condição neurológica.
Em pessoas com Parkinson, a incapacidade de fazer movimentos rápidos limita o funcionamento básico na vida cotidiana. O movimento pode ser melhorado através de técnicas diversas, tais como o fornecimento de estímulos visuais ou auditivos, quando os movimentos são iniciados.
Os pesquisadores estudaram um grupo de 13 mulheres e 16 homens com Parkinson que foram separados em dupla por idade em comparação com 14 mulheres e 11 homens sem a condição.
Cada participante foi convidado a pegar e agarrar uma bola parada o mais rápido possível. Então, bolas em movimento foram roladas por uma rampa e os participantes foram convidados a pegá-las quando elas chegavam a um ponto em particular na rampa.
Ao tentar pegar as bolas em movimento, os alvos eram visíveis por períodos de 1,1 a 0,5 segundos. Estes ensaios foram feitos tanto na realidade física normal como em um ambiente de realidade virtual.
“Este estudo contribui para o campo da reabilitação, fornecendo evidências sobre como manipular as restrições da tarefa e do ambiente para melhorar o movimento em pessoas com doença de Parkinson”, comentou o investigador principal Hui Ma-Ing. “Especificamente, este estudo mostra como manipular cenários de realidade virtual para melhorar a velocidade de movimento em pessoas com Parkinson. Nossos resultados sugerem que, com uma escolha apropriada da velocidade, a realidade virtual é uma ferramenta promissora para a oferta de estímulos visuais de movimento para aumentar a velocidade de movimento em pessoas com doença de Parkinson.”
Os autores destacam três principais conclusões. Em primeiro lugar, em ambas a realidade virtual quanto a realidade física, o grupo com Parkinson teve tempo de movimento e velocidade de pico menor do que o grupo controle quando agarravam a bola parada.
Em segundo lugar, nas duas realidades, o tempo de movimento foi significativamente menor e velocidade de pico foi maior nas condições de interpretação mais rápida. Terceiro, quando alvos móveis foram fornecidos, o grupo com Parkinson mostrou mais melhorias que o grupo controle no tempo de movimento e velocidade de pico, atingindo assim um nível de desempenho semelhante ao do grupo controle.
Fonte: Isaúde