Perdeu as suas chaves? seu cérebro pode estar em melhor estado para se lembrar onde você as colocou em alguns momentos do que em outros, de acordo com nova pesquisa da UC Davis. Um artigo descrevendo esse trabalho foi publicado em 13 de junho da revista Proceedings of National Academy of Sciences.
“Foi descrito no trabalho que o processo de recuperação de uma memória é norteado por um estímulo externo“, disse Charan Ranganath, professor da UC Davis, do Centro de Neurociências e do Departamento de Psicologia. “Nós descobrimos que níveis de atividade do cérebro foram correlacionados com a memória.” No estudo com voluntários, durante um teste de memória, foi medida uma determinada freqüência de ondas cerebrais chamadas de oscilações teta.
Essas ondas teta estão associadas com um cérebro que está monitorando ativamente algo. Por exemplo, ratos mostram ondas teta alta enquanto exploram um labirinto.
No teste de memória os voluntários tinham que memorizar uma série de palavras com um contexto relacionado. Tiveram mais tarde que recordar as palavras e o contexto que a palavra estava relacionada. Durante o teste, percebeu-se que ondas teta elevadas imediatamente antes de ser solicitado a lembrar um item foram associados com um melhor desempenho.
O trabalho vai contra a suposição de que o cérebro está esperando para reagir ao mundo exterior. Na verdade, a maior parte do cérebro estaria ocupada com a atividade interna que não está relacionada com o mundo exterior – e quando os estímulos externos chegam, eles interagem com esses padrões de atividade espontânea.
Não está claro se é possível deliberadamente colocar seu cérebro em um estado melhor para sua evocação. O laboratório está atualmente investigando essa questão com a esperança de que isso pode levar a melhores tratamentos para perda de memória.