Alô, alô, você que faz parte do universo da reabilitação! Alô você que olha para seu terapeuta (ou o terapeuta do seu familiar) e acha que nada está sendo feito porque aquilo é “simples demais” para fazer parte de uma terapia de reabilitação.

A primeira coisa que vou te dizer é: levar a colher à boca é simples? pode até parecer, mas não é até que você fique impossibilitado de fazer; chutar uma bola ou fazer um jogo de encaixe parece uma mera brincadeira até que isso não é feito quando todas as crianças da mesma idade já fazem. Acima você leu um exemplo para adulto e um exemplo do universo infantil. Exemplos que fazem parte do cotidiano e que, sim, podem fazer parte de uma sessão de terapia, de reabilitação.

Talvez o que não seja simples é entender porque aquilo está sendo feito, e é neste momento crucial que você deve usar o “por que”. “Por que você está usando isso?”, “Por que e como isso vai ter impacto na minha melhora?”, “Como isso vai fazer com que os objetivos para meu filho sejam alcançados?”. Não existe pergunta boba.

Quando começamos a fazer um tratamento terapêutico, e aqui falo em nome da reabilitação, um contrato é feito. Espera, espera… você não lembra de ter assinado nada? Você não assinou, mas você conversou, acertou vários aspectos e fechou ali um acordo. Não só dias e valores foram combinados, mas também se concordou que um processo terapêutico com recursos para tal seria utilizado, está bem lá, nas entrelinhas da conversa que ocorre na anamnese, na avaliação, na devolutiva de como será o tratamento. Existe nesse contrato uma sociedade, uma parceria que é firmada. Entre parceiros que buscam um objetivo comum não pode haver pergunta boba, pergunta não feita e resposta não dada.

Te fiz pensar um pouquinho?

Você quer fazer alguma pergunta?

E essas perguntas também não são bobas e se você entende isso, que bom.

DEIXE UMA RESPOSTA

Please enter your comment!
Please enter your name here

Esse site utiliza o Akismet para reduzir spam. Aprenda como seus dados de comentários são processados.