Uma família colombiana que sofre com a alta incidência de um tipo hereditário de Doença de Alzheimer está participando de uma série de testes envolvendo drogas que, esperam cientistas, podem levar a uma cura para a doença.
50 % dos membros desta família, sofrem da Doença de forma precoce, segundo pesquisadores que vêm monitorando o grupo.
Os especialistas que estudam o caso têm esperanças de que as pesquisas com a família – descrita por um cientista como um “laboratório natural” – vão ajudar a acelerar a corrida na busca de uma cura para a doença.
Os cientistas do Banner Institute vão testar na família drogas criadas para atacar a placa neural que se acumula nos cérebros de todos os pacientes com Alzheimer. A placa, de consistência grudenta, parecida com goma de mascar, é resultado de uma disfunção que leva o organismo a produzir uma proteína chamada amiloide. Eles esperam que as drogas consigam inibir o desenvolvimento da placa.
A família colombiana oferece as condições perfeitas para que os pesquisadores avaliem os efeitos das drogas, testando os medicamentos em pessoas saudáveis antes de que elas desenvolvam o Alzheimer.
Vários tipos de exames serão usados para monitorar os participantes, que receberão injeções de drogas experimentais e também de placebos. Os pesquisadores esperam poder iniciar os testes no final de 2012.
Eles têm grande esperança de que as drogas consigam atrasar, ou mesmo impedir, o desenvolvimento da doença, mas até o momento, tudo não passa de conjecturas. Não se sabe ainda se a placa amiloide é causa ou efeito da Doença de Alzheimer.
Segundo o pesquisador Joseph Arboleda, da Harvard University, que vem trabalhando com Lopera, há a possibilidade de que a droga iniba a formação da placa, mas ainda assim a família pode desenvolver a doença.
Reportagem completa: estadao.com.br