Diferenças cognitivas entre homens e mulheres autistas

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Homens e mulheres não são iguais e seus cérebros também. No caso do autismo, o Transtorno do Espectro Austista (TEA) é mais comum em homens do que em mulheres e também, de acordo com estudos recentes, homens e mulheres podem mostrar diferenças sutis, mas significativas em seu comportamento e função cognitiva.

Dois estudos do grupo Simon Baron-Cohen do Centro de Pesquisa em Autismo da Universidade de Cambridge,  publicados em 2011 e em 2012, relatam sobre as diferenças entre homens e mulheres afetadas. Os estudos foram feitos em adultos de ambos os sexos em comparação com pessoas da mesma idade e QI, mas sem TEA. Os dados sobre a gravidade dos sintomas de autismo na infância não foi diferente entre os grupos de ambos os sexos.

Não há diferenças sobre questões como empatia expressa pelo indivíduo, sistematização, ansiedade, depressão ou sintomas obsessivo-compulsivos. No entanto, as mulheres adultas com TEA mostraram problemas sensoriais mais crônicos, tinham mais facilidade em se comunicar e mais traços autistas do que os homens. Além disso, as mulheres com TEA que têm um atraso no desenvolvimento da linguagem têm um QI mais baixo no teste de habilidade não-verbal do que aqueles sem tal atraso no desenvolvimento da linguagem, algo que não é visto em homens.

No estudo de funções cognitivas foram analisados em adultos com autismo e controles da mesma idade e desenvolvimento típico quatro aspectos da cognição. Os pesquisadores descobriram que a percepção das emoções faciais foi igualmente afetada em ambos os sexos com TEA. Em testes que exigem atenção em detalhes ou habilidades que requerem pensamento estratégico, as mulheres com TEA tiveram resultados semelhantes aos das mulheres sem TEA, mas os homens com TEA mostraram resultados piores do que os homens sem TEA.

Segundo os autores, estes resultados sugerem que a gravidade de algumas funções cognitivas afetadas pelo autismo pode ser diferente de acordo com o sexo e isso tem implicações para a avaliação e estratégias de intervenção em TEA.

Fonte: autismodiario.org

Imagem: mattbeckwith

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Sou terapeuta ocupacional de formação, comunicadora por dom e experiência ao longo dos 10 anos frente ao reab.me; empresária que aposta na produção de produtos e conteúdos significativos e com propósito para ajudar as pessoas que precisam dos cuidado da reabilitação. Editora-chefe do Reab.me. Terapeuta Ocupacional (UFPE) com especialização em Tecnologia Assistiva (UNICAP). Mestre em Design (UFPE). Sou autora de 4 livros de exercícios para estimulação cognitiva que servem como material de apoio em contextos terapêuticos que visam a manutenção ou melhora de disfunções cognitivas. Sendo eles: - 50 exercícios para estimulação cognitiva: o cotidiano em evidência; - 50 exercícios para estimulação cognitiva: a culinária em evidência; - 50 exercícios para estimulação cognitiva: a família em evidência; - 50 exercícios para estimulação cognitiva de crianças com dificuldades de aprendizagem. No mais, sou Ana, esposa de Fábio, mãe de Olga e Inácio. Praticante de meditação e yoga.

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