Existem diversos medicamentos que podemos encontrar facilmente dentro da rotina de idosos com demência com o objetivo de melhorar o desempenho funcional, inibir comportamentos “inadequados”, melhorar a regulação do sono… Mas será que apenas o efeito disponibilizado pelos medicamentos é suficiente para se obter ganhos ou até mesmo evitar perdas funcionais?
A ciência comprova que não e diz ainda que a estimulação é muito importante (leia-se essencial) para um melhor desempenho, mesmo com o uso desses medicamentos. Mas, por incrível que pareça, não é raro que para um familiar ou cuidador ainda pareça algo distante, afinal, ele entende que a pessoa está sendo medicada, e pensa pode pensar “será que mesmo com o uso dessas medicações (que são caras) ainda preciso investir nas terapias para estimulação?”
(Leia: Exercícios para memória de idosos usando o tema da alimentação e da cozinha)
Para facilitar essa comunicação sobre a importância de estímulos (inclusive para além do consultório) pensamos que pode-se usar parábolas para explicar melhor sobre a importância desses estímulos e sobre a influência que eles podem ter no prognóstico da doença.
Uma das formas para explicar de modo fácil é comparar uma medicação a uma pequena semente. A semente não irá brotar ou crescer o suficiente caso não receba doses de água durante o dia.Os estímulos (principalmente os realizados em casa) são a dose de água diária que vai servir para nutrir aquela semente para que ela se desenvolva bem, cresça e até dê frutos…
Outra comparação simples é pensar no motor de um carro, onde a medicação é comparada ao óleo do motor, que só caminha e faz com que o motor funcione quando a chave de ignição é ligada, dessa vez a chave equivale ao estímulo, que mantém a pessoa em funcionamento.