Transdiferenciação é uma alternativa para a reprogramação celular que envolve a conversão de uma célula madura em uma célula-tronco pluripotentes – capaz de se tornar um de muitos tipos de células – em seguida, persuadindo a célula pluripotente a se tornar um tipo específico de célula, como um neurônio.
A equipe de Wernig despertou a imaginação de “reprogrammers celulares” no ano passado, quando transformou células retiradas da ponta da cauda de um rato em uma célula nervosa. Essa proeza da alquimia celular levou apenas três genes e menos de duas semanas. “Nós pensamos que, como ela funcionou tão bem em ratos, ela não deveria ser problema em humanos”, diz Wernig.
Esses três genes usados em ratos também fizeram células humanas parecerem células nervosas, mas isso não garantiu a transmissão de pulsos elétricos, característica dos neurônios. Entretanto, a adição de um quarto gene levou fibroblastos – células do tecido conjuntivo encontradas em todo o corpo e envolvidos na cicatrização de feridas – coletados de fetos abortados e de recém-nascidos a se tornarem neurônios. Depois de algumas semanas em cultura, muitos dos neurônios responderam a choques elétricos através de bombeamento de íons nas suas membranas. Algumas semanas mais tarde, esses neurônios começaram a formar conexões, ou sinapses, com neurônios de rato.
Há ainda muito a ser trabalhado, Wernig admite. Somente 2-4% dos fibroblastos tornaram-se neurônios- menor que a eficiência de sua equipe, que alcançou aproximadamente 8% com as células da cauda do rato.
Wernig diz que sua equipe espera melhorar os resultados e está tentando fazer com que os neurônios se comuniquem usando outros produtos químicos.
Parabéns! Vcs estão sempre antenadas. Adoro receber essas notícias com esperança no avanço da ciência. A transdiferenciação celular em neurônios ainda é um sonho. Mas vamos torcer!